quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

As Faces do Destino(parte 13)

Amanheceu um lindo dia de sol,Adriana já estava em pé as 06:00hs,gostava de acordar cedo,Carlos também já havia acordado,tomado seu banho,seu café,e estava a caminho do trabalho.
Seu celular tocou,no display,o nome de Marcinha,pensou em não atender,já estava quase chegando no escritório,mas resolveu atender.
-Oi Marcinha!
-Nossa,que diferença,pra quem já desligou na minha cara,agora atende falando meu nome,que mudança.
-Bom dia Marcinha!
-Bom dia,tudo bem?
-Tudo e você.
-Você sabe que comigo,não está nada bem,como vão as coisas?
-Que coisas?
-As coisas horas!seu trabalho,você...
-Eu sei que você quer saber se ela me ligou!
-Ela quem?do que você está falando?ficou maluco?
-Vocês duas mentem muito mal ,tanto você,quanto a Adriana.
-Ela ligou? - Marcinha finalmente faz a pergunta que tanto ansiava.
-Ligou,mas a conversa não se estendeu por muito tempo!
-Porque? - Marcinha se espanta.
-teve um problema para ela resolver no restaurante,disse que ligaria novamente.
-Que bom,olha,vou te pedir uma coisas,não alimente muitas expectativas em relação a ela,pra não se machucar demais,dói muito quando nossas expectativas não são correspondidas.
-Você ficou muito mal né?
-Vou me recuperar,promete que vai se cuidar.
-Pode deixar.
-É sério Carlos,ela nunca te deu esperanças de nada,e você sabe,sumiu por muito tempo,ninguém sabe quase nada sobre ela,toma cuidado pra não se machucar seriamente.
-Tomo sim,não se preocupe,porque fez isso?
-O que?
-Contar tudo a ela!
-Porque eu te amo,e quero que seja feliz.
-E você?
-Eu já fui feliz,durante o tempo em que tivemos juntos.
-Mas a vida continua,você é muito nova,é linda,fala pra mim que você vai se cuidar,se você não fizer isso,eu també, não faço.
-Ah Carlos,você sempre tão criança.
-É isso mesmo,você é linda,inteligente,precisa seguir sua vida.por favor to te pedindo.
-Sabe que não resisto a um pedido seu,foi bom te ligar,ouvir sua voz.
-Foi muito bom ouvir a sua também.
-Cuide-se.
-Você também.
-Tchau,beijo.
-Tchau!
Devido a conversa ao celular,Carlos chegou um pouco atrasado ao escritório,o chefe Juarez,olhou para ele,e apontou par o relógio com o dedo indicador,deu risinho,Carlos retribuiu o sorriso,e sentou-se para iniciar o trabalho,sabia que Juarez era bastante rigoroso,mas sabia reconhecer um funcionário que fazia um bom trabalho,e Carlos era um bom profissional,e se fosse um caso mais sério,Juarez não teria brincado,e sim chamado Carlos até sua sala.
Meia hora depois de Carlos ter entrado no escritório,Adriana entrava no restaurante,por muito pouco,não se encontraram na rua.
O dia estava tranquilo,tanto no escritório de contabilidade onde Carlos trabalhava,quanto no restaurante de Adriana.
Adriana até pensou em ligar na hora do almoço para convidar Carlos para almoçar,e talvez continuar a conversa,mas desistiu,não sabia que horas Carlos almoçava,decidiu que iria propor um encontro no sábado,Adriana não ia ao restaurante aos sábados,e domingos,confiava muito na sua metre,Vera,se por acaso houvesse algum problema que ela não conseguisse resolver,ela ligava,esse era o combinado,mas em dois anos de funcionamento com essa mesma rotina,ela jamais ligou,mesmo porque,era raro o restaurante abrir aos domingos,e aos sábados,fechava depois do almoço.
Na cabeça dela ficou decidido assim,ela ligaria e o convidaria para irem a algum lugar no sábado,e conversarem,finalmente.
E assim o dia passou,Carlos saiu do escritório,se despediu de quem ficava,poucos,sempre era um dos últimos a sair,e hoje ficou um pouco mais para compensar seu pequeno atraso,e Juarez,seu chefe,também percebeu,e quando ele saiu,não deixou de observar:
-Muito bom Sr. Carlos!
Carlos sorri,Juarez também,e Carlos sai...
Carlos caminha esperando que o celular toque esperou ele vibrar o dia todo,e nada,andou alguns metros e chegou próximo ao restaurante de Adriana.
Resolveu entrar,ou a ansiedade iria acabar com ele,melhor resolver tudo logo.
-Boa tarde!
-Boa tarde!o que deseja? - o garçom Inácio o atende.
-A Adriana por favor,diga a ele que Carlos está aqui,por favor!
-Tudo bem Inácio,não precisa,obrigada - Adrina entra e como sempre,encanta Carlos.
-Obrigada - Carlos agradece a atenção de Inácio.
-Por nada!com licença - Inácio sai...
-Venha Carlos,vamos conversar no meu escritório.
-Ok!
-Tudo bem Carlos?
-Tudo,e você?
-Tudo bem,ia te ligar mais trade!
-Desculpe,a ansiedade falou mais alto.
-Então,queria marcar pra gente conversar no sábado,pode ser?
-Sim claro,que horas?
-Ah,depois do almoço,tá bom pra você?
-Sim,mas onde?
-Vou ver um local e te ligo,se você tiver algum me fale,na sexta-feira a gente combina,vai pensando.
-Combinado então!
-Então tá,quer um suco,uma água,um refrigerante,quer jantar?
-Não obrigada querida,vou indo pra casa.
-E como vai sua mãe,e seu irmão?
-Muito bem,obrigada.
-Que bom,então,até mais!
-Até!
Eles se despedem com dois beijinhos no rosto,que Carlos desejou ser na boca,sonhou que fosse na boca.
Ele saiu do restaurante,rumo ao ponto de ônibus,com muitos pensamentos em sua cabeça,e nenhum deles eram bons.
Já dentro do ônibus,Carlos pensava.
"O que acontecerá?ela me parece sempre tão fria,educada lógico,sempre foi,mas ela me parece tão distante de mim..."
Não tem jeito,uma certa tristeza toma conta de Carlos.
Chagando em casa,Carlos recebe como sempre,a recepção calorosa de Sansão.
Entra,cumprimenta a mãe,que está na cozinha terminando o jantar,e avisa:
-Vou tomar um banho mãe!
-Tá bom,mas não demora hem!
-Tá certo!
E ele não se demorou,mas o que ele desejava que não demorasse,era o sábado chegar,estava novamente ansioso pelo encontro com Adriana...e temeroso.
Logo depois do jantar,Carlos deu boa noite a sua mãe,e a Caio,seu irmão,pretendia ler um pouco antes de dormir,e esperar claro,o sábado chegar,esperando que não demorasse...
-Oi Carlos!
-Oi Adriana.
-Passou rápido né?
-Eu confesso que para mim,os dias se arrastaram.
-Bom,acho que chegou a hora de nos falarmos não é?colocarmos tudo em pratos limpos.
-Sim,podemos começar então!sou todo ouvidos.
E quando Adriana vai falar...Carlos simplesmente,acorda,isso mesmo,mais um breve sonho,a ansiedade de encontrar o seu grande amor,e mais,ouvir o que ela tem a dizer,o fez sonhar,Carlos estava lendo quando pegou no sono,decidiu que teria que se acalmar até o sábado chegar,ou teria problemas...
Os dias não demoraram mesmo a passar depois do sonho de terça-feira,veio a quarta-feira,que passou sem que eles se falassem ou se vissem,e na quinta-feira,foi da mesma forma,Carlos conseguiu se acalmar um pouco,decidiu que iria esperar que ela o procurasse,não iria ficar forçando a barra,se fazendo presente.
No final da tarde de sexta-feira,Adriana ligou,Carlos já estava em casa quando o celular tocou.

As Faces do Destino(parte 12)

Carlos quase não acredita no que vê,ela vem ao seu encontro,vestida com um vestido rosa,é a mulher mais linda que já viu.
-Coincidência - ela começa - então você trabalha aqui perto?
-Sim,e você?trabalha aqui?
-Bom,na verdade o restaurante é meu!
-Ah sim,me lembro que a culinária sempre a agradou.
-Sim,é verdade,mas não estamos aqui para falar sobre isso!
-Pois é!,afinal de contas,vamos falar sobre o que?
Carlos,incrivelmente,até mesmo para ele,agora parecia tranquilo.
-Você não faz nem ideia? - Adriana o encara - mesmo?
Nesse momento,parece a ele,que está flutuando,não acredita que está frente a frente com a mulher dos seus sonhos,e que está perguntando se ele não faz ideia do que vão conversar,ela parece saber,mas...como saberia?
-O que você sabe?e se sabe!quem foi que contou?
-Carlos você tem algo para me dizer?
-Tenho - ele se decide.
Ela se assusta com tamanha determinação em suas palavras.
-Melhor sentarmos - Carlos continua muito sério - é uma longa história.
-Oh,me desculpe Carlos,que educação a minha,nem o convidei para se sentar.
Adriana fica vermelha de vergonha.
-Como você fica linda envergonhada,fica linda de qualquer jeito.
-Tudo bem,então não me deixe mais envergonhada
-Eu não acredito - Carlos está sorrindo.
-Não acredita em que? - Adriana se espanta.
-Que ela fez isso!
-Ela quem?do que você está falando?
-Foi a Marcinha não foi?é claro que foi,e pediu segredo,tenho certeza.
-Como assim a Marcinha?o que ela tem haver com você?
-Dri!
Dri,Adriana se lembra com carinho desse apelido,todos a chamavam de Adriana,e ela adorava,ela adora o seu nome,mas somente uma pessoa em toda a sua vida,a chamava de Dri,Carlos.
-Dri,mentir nunca foi o seu forte querida,desencana,ta na cara que foi ela,eu sei que ele deve ter te pedido pra não contar,mas ela sabe também,que você não conseguiria esconder.
-Devia ter esperado um pouco mais para falar com você!
E como se fosse um presságio,aparece Vera a metre,aflita.
-Dª Adriana,faz favor!
Adriana pede licença,e vai ver o que Vera quer...
Volta instantes depois,parecendo a Carlos,um tanto aflita também.
-Carlos,to com um problema no cardápio,preciso ir lá dentro resolver tudo,outro dia a gente se fala!
-Tudo bem,eu tenho seu número,você tem o meu também,a gente se fala!
-Ok,mil desculpas!
-Imagina,tchau.
-Tchau,até mais.
Adriana se despede,e já sai andando apressada para a cozinha,Carlos percebe que o problema é sério mesmo.
Ele saiu do restaurante quase que flutuando,ainda não conseguia acreditar no que havia acontecido,a mulher da sua vida,havia ligado para ele,eles conversaram,ainda que por um breve momento,mas,puxa vida,como foi bom estar com ela,como foi maravilhoso,que pena que ela teve que sair para resolver problemas,será que ela vai ligar de novo?de repente um calafrio,será que ela desistiria?"o que será que ela sente por mim?"
Duvidas,duvidas e mais duvidas,Carlos teria que esperar pela ligação dela novamente,mas e se ela não ligasse?ele ligaria e pronto,e tendo esse pensamento,tratou de pegar o celular,e salvar o número de sua amada,para não ter perigo de  perde-lo,"apaga-lo".
Foi para o ponto de ônibus,pegou o ônibus logo em seguida,e foi para casa,um misto de alegria e duvida no coração,o que viria depois?
Do prédio " Solar das Flores",Marcinha pediu para o táxi a levar ao aeroporto,seu destino era a Europa,embarcou para França,Paris,por um pequeno período,Carlos também ficou sem saber por ela andava.
Carlos chegou em sua casa,e como sempre foi recebido com festa por Sansão,entrou,Dª Joana estava na sala,vendo tv.
-Demorou mocinho...
-Oi mãe,tive uma surpresa!!!
-Surpresa boa? - Dª Joana ficou curiosa.
-A principio muito boa,não sei se vai continuar sendo assim.
-Porque?não entendi!
-A Adriana me ligou hoje no final da tarde.
-A Adriana?a mesma?
-Sim.
-Não sabia que você tinha contato com ela.
-Não tenho.
-Agora que eu não entendi nada mesmo!
-A Marcinha contou tudo pra ela,não sei como nem quando,mas contou,e também não sei porque - Carlos realmente não entendia.
-Eu sei porque! - disse Dª Joana.
Carlos estranha o comentário de sua mãe...
-Sabe?como assim?
-Ela te ama,e quer sua felicidade,e ao lado dela,você não seria feliz,ela sabe disso,já viveu isso na pele,ela te ama,você ama outra,não iria dar certo.
-O que foi Carlos?
-E se ela não me amar?se Adriana não me amar?
-Se ela for uma boa moça,como eu acho que ela é,vai dizer a você que não o ama,eu espero que você esteja preparado.
-Preparado para ouvir um não?
-Também,mas espero que esteja preparado também,para o sim.
-Não entendi.
-Depois do sim,vem um monte de coisas,e você vai descobrir até vai esse amor,o quanto ele é forte,e o quanto ele significa,tanto pra você,quanto pra ela.
-Vamos,vá tomar banho menino,pra você jantar.
Carlos faz sinal de positivo com a cabeça,concordando com sua mãe,e vai para o quarto.
Tira a roupa,se enrola na toalha,e vai para o banheiro,no pensamento,os acontecimentos deste dia,que ele realmente não esperava.
Tomou seu banho,foi até seu quarto,e se vestiu,jantou,não muito,devido a ansiedade,e foi para seu quarto novamente,tentar relaxar um pouquinho.
No "Solar das Flores",Adriana chegou em casa tarde,eram 23:00hs,durante o dia todo,foi uma grande tensão no restaurante,devido ao problema no cardápio,estava bem cansada,tomou banho,fez um lanche,leu um pouco,e tentou dormir,mas mesmo estando bem cansada,foi difícil dormir pensando em todas as informações recebidas naquele dia.
Na casa de Carlos também foi difícil chegar o sono.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

As Faces do Destino(parte 11)

Com a manhã de trabalho toda perdida,Adriana resolve adiantar algumas coisas pelo computador,sua cabeça gira,recordando momentos da conversa com Marcinha,precisaria se concentrar muito,se quisesse fazer algo produtivo.
Não muito longe dali,no escritório de contabilidade onde trabalhava,Carlos não fazia ideia do que esta se passando no "Solar das Flores",trabalhava sem saber o que se passaria mais trade,naquele dia.
Sentada na frente do computador,Adriana olhava a tela,mas não via nada,só ouvia a voz de Marcinha em sua cabeça.
Olhou para trás,e viu o bloco de anotações,em cima da mezinha de centro,na sala,lá estava  número do celular de Carlos,respirou fundo,e tentou voltar a trabalho...
Assim o dia foi passando,mais tarde Adriana saiu para ir até o restaurante,como havia passado a manhã toda ausente,mesmo com a cabeça cheia,precisava estar lá na parte da tarde.
No "Solar das Flores",no décimo quinto andar,Marcinha acabara de fazer suas malas,como se um trem tivesse passado por cima dela,era assim que ela se sentia,estava em pedaços,mas...precisava ir,já não dava mais para adiar.
-Não há mais nada que me prenda a essa cidade - pensou em voz alta - acabou!!!
Mais lágrimas desceram pelo seu lindo rosto,sabia que não adiantava mais chorar,mais era incontrolável,mas se recompôs,era hora de ir,não dava mais para ficar ali.
O zelador,que ela havia pedido para ajudar com a mala chegou,ela agradeceu a atenção,e pediu que ele a ajudasse,com ele estava o motorista do táxi que ela havia pedido,ela também  agradeceu,e o zelador explicou que pediu a ajuda dele para ser mais rápido e não precisar voltar,afinal,eram três malas,sendo que duas,bem pesadas,Marcinha disse que tudo bem,sem problemas,melhor assim.
Desceram com as três malas,o zelador Robson,mais forte,levou duas malas,um pesada,e a outra um pouco mais leve.
Ela deixou a chave do apartamento de seu tio na portaria,agradeceu ao porteiro e saiu,lá fora,Robson e o taxista já havia colocado as malas no carro,ela o agradeceu,por toda a atenção que tiveram com ela,no tempo em que esteve morando no apartamento de seu tio,Robson estranhou,"Dª Marcinha",como ele a chamava,nunca foi uma pessoa amável com os funcionários do prédio,não que fosse mal educada,mas sempre parecia meio distante,mas ela parecia muito diferente,além de muito triste também.
Quando saiu,Marcinha deixou uma gratificação para os funcionários do prédio,em agradecimento,pediu para o zelador Robson pegar o dele,e distribuir a parte dos outros.
Robson agradeceu a gentileza,Marcinha entrou no táxi e partiu,eles não souberam mais notícias dela.
Mais um dia de trabalho quase no fim,Carlos está finalizando algumas coisas,fechando os programas do computador,para ir embora,seu celular vibra,ele pega o aparelho,no display,um número que ele não conhece!
"Quem será?",ele pensa,ele não pode atender naquele momento,o chefe é rigoroso com ligações de celular durante o expediente,ele prefere que use-se o telefone do escritório,mesmo que a ligação seja particular,ele não acha legal um cliente entrar no escritório,e ver um funcionário falando ao celular.
Resolveu que ligaria depois.
Guardou tudo,desligou o computador,e saiu,na saída encontra Gerson:
-Opa!tá esperto hoje em marujo...
Carlos sorri,e responde:
-É capitão,aprendi a lição.
-Beleza,bom descanso.
-Pra você também.
Apertam as mãos e vão para sentidos opostos,Carlos para o ponto de ônibus,Gerson,para o estacionamento pegar o seu carro.
Quando começa a andar,o telefone toca,no escritório o celular fica sempre no sistema de vibração,para não chamar atenção pelo barulho,mas sempre que sai,volta o aparelho no modo campainha,ele atende,mesmo sem conhecer o número que aparece no display,e tem uma surpresa...
-Alô!
-Oi,quem fala?
-Gostaria de falar com quem?
-Com o Carlos!
-É ele.
-Oi Carlos,tudo bem?é Adriana!
-Q-quem? - ele gagueja sim!
-Adriana
-Adriana,a Adriana que estou pensando?
-Bom não sei,acho que sim - ela sorri...
-Sim Carlos,sou eu,bom,se for a Adriana que você espera,e se for,precisamos conversar,pode ser?
O que?meu Deus,o que é isso?ela,já sei,eu estou sonhando,claro que é sonho,como pode,como ela me liga?
Porque me ligar?qual o motivo?mas o que está havendo?e como ele tem meu número?
-Carlos?
Adriana " tira" Carlos de seus pensamentos mais do que confusos.
-Oi! oi...
-O que houve?
-Não é,é que não estava te ouvindo direito.desculpe.
-Eu ouço você perfeitamente.
-Deve ser o sinal,mas agora está melhor.
-Eu preciso falar com você,pode ser? - a voz de Adriana parece decidida.
-Claro!tudo bem!quando?
-Se possível,hoje,se você puder é claro!
-posso,posso sim...
-Então passa aqui no meu restaurante,O Paladar,sabe onde é?
-Bom,eu trabalho quase em frente,na verdade estou aqui na frente agora!neste exato momento.
Sim,caminhando alguns metros de onde fica o escritório onde Carlos trabalha,chega-se ao restaurante O Paladar,onde Adriana é proprietária,claro que Carlos não sabia disso,o restaurante fica também,próximo ao prédio onde Adriana mora,"Solar das Flores",por isso ela sempre vai trabalhar a pé pela manhã,volta para casa mais ou menos umas 15:30hs,e quando retorna,na maioria das vezes,vai de carro,pois não gosta muito de andar a noite,porque normalmente sai tarde do restaurante,umas 23:00hs,dependendo do movimento,ela gostava da noite também,para resolver algumas coisas pendentes do restaurante,e revisar o cardápio do dia seguinte.
Mas não era sempre que saía tao tarde,como no dia do encontro inusitado com Carlos,ela saiu mais cedo,não foi de carro aquela sexta-feira,o restaurante,que servia jantar,em sua maioria de pratos finos,frequentado em sua maioria por pessoas da alta sociedade da cidade,aquela noite estava locado,para uma recepção de casamento,então ela saiu mais cedo e voltou a pé para casa aquela noite,pois estavam fazendo noites lindas durante aquela semana toda,e ela queria caminhar acompanhada de um belo luar,mas justamente aquela noite,veio a chuva no caminho para casa,o esconderijo no velho "ponto de ônibus",veio o DESTINO...
Adriana convida...
-Bom,então pode entrar!tudo bem pra você?
-Ok!tudo bem.
"Não,não era um sonho,ela me convidando para entrar,meu Deus,o que é isso?"
Carlos entra,e Adriana já está vindo ao seu encontro...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vilão?...Sim...Não...

O que sou eu?
De onde venho?
Volta e meia me deparo com as mesmas perguntas.
Você pode se encantar com o meu sorriso.
Pode viajar com minhas palavras,se deliciar de minha voz.
Me amar,e odiar,na mesma proporção,com a mesma intensidade.
Sou forte,sou muito,sou único,sou místico,desconfiado,sonhador,perturbador.
Mas as vezes,me torno fraco,sou pouco,sou nada.
Um menino,no corpo de um homem,um menino travesso,que merece castigo,ficar no quarto sem TV,ficar só...
O que a em meu destino?o que tem reservado pra mim?é certo que não sou perfeito,ah não mesmo,sou uma coleção de erros com uns dois ou três acertos,se muito...
Até onde vai dar essa estrada?
As vezes me vejo em meio a um temporal,dentro de um carro,e acelero,acelero muito,tudo branco diante do para-brisa,e vou muito rápido,a 200 por hora,porque corro assim?...penso eu,não ouço resposta,e acelero mais,acelero pra onde?pra onde vou?não sei!só sei que acelero...
As vezes penso em recolher as armas,abandonar o fronte,deixar a batalha,mas...algo me segura!o que?a certeza de um novo horizonte,de um belo amanhã,de um novo sorriso,de uma doce palavra,de uma doce frase.
Hoje me deito como um vilão,amanhã,pode ser que não...
Dentro de mim as armas ainda estão erguidas no fronte de batalha,as espadas ainda empunhadas,a procura da vitória...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

I'm Free (Jhon Secada)

Você vê o que eu vejo,no meio de uma tempestade sem esperança as vezes eu sou cega por meus sentimentos eu não posso ver além da minha mente Medo do que vou encontrarA história de nossas vidas
Mas há amanhã.....Porque eu sou livre, estou livre
E as coisas são apenas importantes
Como eu quero que eles sejam
Nós vamos respirar a luz do sol
Quando a chuva vai embora v ocê precisa de um amigo agora
Na estrada para onde você vai
Se você se perder é só me chamar que eu estarei lá
Sim, eu estarei lá
Porque embora eu não possa ter a resposta
Pelo menos eu sei o que estou procurando.
Sim, eu posso ficar sem dor
Há um dia depois de amanhã
Então, eu estou deixando para trás E se você quiser compartilhar os meus sonhos
Bem, tudo que você precisa fazer é dizer, diga
Deixe-me ouvir você em alto e bom som
Porque eu preciso de você, se você quer ser, se você quer ser.
Você vê o que eu vejo?
Um arco-íris brilhando sobre nós
No meio de uma tempestade sem esperança
Nós estaremos seguros e acolhidos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

As Faces do Destino(parte 10)

-Marcinha? - Adriana se assusta  - o que houve?
Sim,Marcinha,ela estava pálida,com um aspecto horrível,não dormira a noite toda,apenas chorando,durante toda a noite.
-Posso entrar? - a voz de Marcinha era apenas um fio,e ela desaba novamente,Marcinha não consegue se controlar,e chora...
Sem entender muito bem o que está acontecendo,porque elas jamais foram amigas,e Marcinha jamais esteve na casa de Adriana,e muito menos Adriana havia estado um dia se quer,na casa de Marcinha,nem mesmo nas festinhas de aniversário,quando eram crianças,e nem quando eram adolescentes,quando eram crianças,é claro,as mães tanto de uma,quanto da outra,convidavam todos os amiguinhos da sala para as festas,mas tanto Adriana,quanto Marcinha,arrumavam uma desculpa para não aparecer,enviavam apenas o presente,e um pedido de desculpas por educação,com o tempo as mães,é claro,perceberam a antipatia entre as duas,mas,melhor não comentar o fato,na adolescência,aí uma não convidava a outra mesmo.
E agora Marcinha bate a porta de Adriana,com uma aparência lamentável,Adriana diante desse fato,liga no restaurante,e avisa que chegará mais tarde.
-O que houve Marcinha?qual o problema?
Apenas choro,Marcinha não parava de chorar.
-Só um minuto Marcinha - Adriana pediu.
Ela apenas balançou a cabeça concordando.
Adriana foi até a cozinha,e preparou uma água com açúcar para tentar acalmar Marcinha.
Ela levou a água,e a ofereceu a sua inusitada visita.
-Toma,bebe devagar,em goles pequenos.
Marcinha,até para uma certa surpresa de Adriana,obedece prontamente,mas também,ela não estava em condições de contestar nada,parecia muito frágil naquele momento.
-Obrigada - Marcinha agradeceu Adriana,naquele mesmo fio de voz.
-Parece que sua noite passado,não foi muito boa - falou Adriana.
-A noite passada,eu morri - as palavras de Marcinha fizeram um arrepio passar pelo corpo de Adriana.
-Porque você está dizendo isso?
-Porque foi exatamente o que aconteceu.
Adriana pensou por um segundo,que a aparência de Marcinha parecia mesmo,com a de um fantasma,mas afastou o pensamento rapidamente.
Marcinha continuou.
-Me sinto como se alguém me tivesse enterrado viva!
Adriana percebia nas palavras de Marcinha,toda a sua amargura,e sofrimento.
-Mas o que aconteceu Marcinha?
Sem mais nem menos,Marcinha começa a sorrir,um sorriso contido.
-Que engraçado! - Marcinha começa a falar - a gente nunca se gostou,lembra?
Adriana faz sinal afirmativo com a cabeça,e Marcinha continua...
-Desde o 1º ano,foi antipatia a primeira vista - as duas riem.ainda que moderadamente.
-E agora estou aqui - Marcinha continuou - atrapalhando você,como se você fosse minha melhor amiga,eu sou ridícula eu sei!
-Marcinha - Adriana pergunta novamente,agora com uma certa impaciência no tom de voz - mas o que afinal de contas,está acontecendo?
-To muito perdida Adriana,machucada,confusa.
Adriana sabia que era verdade,pois ela estava em sua casa,e para Marcinha estar em sua casa,só estando muito perdida mesmo,desorientada,confusa...
Marcinha começa a falar...
-To muito ferida,envergonhada,sem rumo,meu coração está despedaçado,não acredito em tudo o que aconteceu até agora,dói muito ainda.
-Mas quem fez isso com você?
-Eu!
Adriana estranha a resposta.
-Isso mesmo Adriana,nós machucamos nós mesmos,não precisamos de ninguém,nós somos o nosso próprio vilão.
-Marcinha!
-É isso mesmo,insisti a vida toda,lutei por um amor que não era meu,quis convence-lo de que seria especial se ele fosse só meu,que seria o mundo perfeito ao meu lado,que lhe daria tudo,eu estava disposta sim a dar tudo para ele,mas não era o suficiente,jamis seria entende?
Adriana só balança a cabeça afirmativamente,está totalmente envolvida na narração de Marcinha...
Marcinha continua...
-Ele sentia tesão quando estava na cama comigo,claro que sentia,eu fazia de tudo para agrada-lo,tudo,se ele me pedisse o mundo,eu dava,se ele me pedisse o sol,eu daria um jeito de ir busca-lo,se pedisse minha vida,ela faz uma pausa,nem precisava,minha vida sempre foi dele,eu morreria por ele!
As lágrimas voltam com força total,Marcinha se entrega ao choro com sentimento e dor,Adriana não suporta,e lágrimas também rolam sem seu rosto,vendo aquela mulher,que desde criança,sempre fora uma fortaleza,desabar bem a sua frente.
Neste momento ela não via sua antiga rival em sua frente,mas sim uma mulher,sofrendo pelo abandono.
Marcinha se refaz aos poucos,e recomeça.
-Desculpe.
-Imagine,tá tudo bem?
-Mais ou menos.
-Você foi abandonada,é isso?
-Essa não é a expressão! - Marcinha tenta um sorriso,mas sem muito sucesso.
-Porque foi deixada?o que aconteceu?pra isso chegar a esse ponto.
-Ele ama outra!sempre amou,ama você!
Adriana se espanta com as palavras de Marcinha...
-Marcinha,eu acho que você tá muito confusa!
-Carlos,lembra dele?
-Carlos Augusto Sampaio?
Adriana quase gaguejou ao falar o nome Carlos,ela não podia acreditar,se lembrou dele na noite de ontem,depois de dois "encontros",em que ela não o reconheceu,sim agora veio em sua mente um flash rápido,ela passou por ele no barzinho em que estava com suas amigas,desviou o olhar muito rápido,mas agora se lembra,e começa a odiar sua memória por ser tão relapsa.
-Pois é,Carlos,ele sempre te adorou,e eu sempre adorei ele,claro que tudo começa com uma amizade inocente,preferências de amiguinhos,mas ai a adolescência vai chegando,e tudo vai ficando claro,e quanto mais claro,mais complicado,porque o que fica claro para um,também fica claro para o outro,no meu caso,ficou claro o amor por Carlos,no caso dele,ficou claro o amor por você.
Marcinha parecia mais calma,já não chorava mais,falava com tranquilidade,se fazendo entender muito bem,e continuou...
-Ele não tinha expectativas em relação a você,porque você nunca fez um gesto que não fosse de amizade para com ele,aliás,sua vida amorosa desde então,é um mistério para todos!
As duas riram do comentário de Marcinha,e ela prosseguiu...
-Foi aí que eu vi minha chance chegar,e aproveitei,acabando o ensino médio,você foi para outra cidade,e nós,por ironia do destino,acabamos na mesma faculdade,aí pensei,é agora ou nunca.
Lancei mão de tudo o que eu podia,não ia permitir que meu amor escapasse pelas minhas mãos,sem ter uma rival a sua altura por perto,fiz tudo o que eu podia ter feito,até que ele não aguentou,sucumbiu aos meus encantos,e viramos namorados.
Foram dois anos de puro sonho,pelo menos pra mim,te-lo foi o mais próximo que cheguei do céu,foi incrível,foi único,foi maravilhoso,é claro que as vezes pintava aquela neura,e se ela voltar?será que ele me larga?será que ele me trairia com ela?procurava não ficar pensando nisso,queria aproveitar os momentos com ele,mas tinha horas que surtava,muitas vezes,e não foram poucas,sentia ele distante,sabia que estava pensando em você,então pulava em cima dele,e voltava sua atenção pra mim,e foram dois anos assim,até que ele chegou em mim,e terminou.
-Mas porque?qual o motivo?
Adriana quis saber.
-Acho que ele já estava saturado,aguentou o quanto pôde!
-Aguentou o quanto pôde?com uma mulher linda como você?
-Nessas horas,nesses casos não conta a beleza Adriana,e sim o coração,e o coração dele,é seu,sempre foi,sabe,eu acho que ele tentou sabe!principalmente no começo,sempre muito carinhoso,atencioso comigo,não que depois ele tenha deixado de ser,nada disso,mas no começo,foi muito bom,na verdade,essa fase linda durou mais ou menos,um ano e uns meses,é que apenas dois anos com o amor da minha vida,pra mim foi muito pouco,engraçado - Marcinha sorri - foi muito pouco,mas vou me lembrar pro resto da minha vida,foi um sonho,um lindo sonho.
-Um sonho que voltei a sonhar a poucos dias,ficamos juntos por uma noite,mas sei que foi por sua causa,tenho certeza,ele estava muito triste,foi na noite de sábado.
Adriana pensa(a noite no barzinho)...
-Encontrei ele muito triste,ele não sabia que eu estava aqui,quando ele largou de mim,sabia que não ia aguentar vê-lo todos os dias,então fui embora pra outra cidade,não queria mais encontra-lo,e não nos vimos mais até aquela noite,senti o momento ,a surpresa de me ver,como o que me parecia um sentimento de decepção,era o que eu precisava,usei meu poder de sedução,e persuasão,para ter meu sonho mais um pouquinho comigo!
-E novamente foi lindo,mas acabou - as lágrimas voltaram,moderadas,mas voltaram - eu lutei de novo,mas senti que foi a última vez que fui amada por ele,eu insisti,fui até o limite,até ele não conseguir mais,e ele não aguentou,e ontem me falou tudo,e me disse que era você,é você quem ele ama.
Adriana está paralisada,é muita revelação para uma só manhã,ela está tão atônita,que olha o relógio sem nem perceber o que fazia...
-Desculpe - Marcinha se levanta - já tomei bastante o seu tempo.
-Imagine,olhei no relógio por olhar,foi uma reação impensada,to meio perdida,com tanta informação.
-Eu sei,desculpe despejar tudo assim,mas acho que não tinha outro jeito.
Marcinha se encaminha até a porta,Adriana a acompanha,Marcinha para,para que Adriana abre a porta.
-Ta tudo bem? - Adriana pergunta - não quer uma água?
-Não,ta tudo bem obrigada,eu só quero que você fale com o Carlos,nem que seja para dizer a ele,que não quer nada com ele,mas fale,alguém que te ama tanto assim,a tanto tempo,merece que você pelo menos de uma satisfação,nem que seja para dizer que não quer,entendeu?
Adriana faz sinal de afirmativo com a cabeça.
-Ah,e não diga a ele,que foi eu quem te contou,anota o telefone dele!
Adriana pega um bloco,e uma caneta,e anota o número que Marcinha lhe ditou.
-Ligue pra ele!
-Eu vou ligar,só mais uma coisa!como você entrou sem ser anunciada?conhece o porteiro?
-Não,eu moro aqui!
-O que?
-Na verdade estou aqui - Marcinha sorri - No apartamento do meu tio no décimo quinto andar,número 110,mas já estou de saída,estou indo embora,não tenho porque ficar nesta cidade,tchau.
-Tchau.
-Boa sorte,espero que de tudo certo,amo Carlos,quero vê-lo feliz,e se a felicidade dele for você,então que seja assim.
-Preciso pensar em tudo isso,tenho muito o que pensar.
-Tem sim,espero que o destino jogue a favor da felicidade do amor...do meu grande amor.
-E você?e sua felicidade?
-Eu fui feliz,muito feliz...por dois anos.
Marcinha encosta perto da porta,Adriana abre,mas segura o braço dela,e lhe da um abraço.
Marcinha retribui o gesto,nenhuma das duas fala nada,Marcinha chora novamente,mais uma vez,se despedem.
-Tchau Adriana.
-Tchau Marcinha.
Marcinha se encaminha para o elevador,Adriana fecha a porta,é última vez que ela vê Marcinha.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Guilhotina Moderna...

Quando entrei fui muito bem recebido é claro.
Mas no semblante dele,percebi que algo não ia bem:
-Bom dia!como vai?
-Você vai me dizer!!!,e você como vai?
-Bem - esse "Bem",veio com um sorriso não muito convincente pra mim,mas...enfim.
Estava claro pra mim naquele momento que não viria boas notícias.
Aliás,desde a primeira dor,quando tudo isso começou,eu sabia que não teria boas notícias no final.
E agora eu estava de frente pro crime,a verdade materializada de branco,na minha frente,com um envelope na mão.
Tive pesadelos com esse momento,mas nos pesadelos,ele nunca terminava a frase,nunca chegava a me dizer nada do que eu tinha que saber.
Mas agora era a hora,não tinha jeito,não ia acordar,ele me olhava,a espera para mim era mais ou menos,como aquela pessoa que está na guilhotina,esperando para descer a lâmina e decepar a sua cabeça.
Se bem que eu nunca havia estado prestes a perder o pescoço em uma guilhotina,mas algo me diz que a pessoa que já estivera nessa situação,sentira o mesmo que eu senti naquela hora,tenho certeza.
E foi então que a guilhotina desceu...:
-É,infelizmente é maligno!
Pronto,meu veredicto,a guilhotina desceu,e acertou bem no meio do pescoço(câncer),a diferença,é que a guilhotina,ainda não me matou,ainda tenho uma chance de virar este jogo,ainda posso vencer,só tenho que lutar,com todas as minhas forças,com minha esperança na VIDA,com toda minha fé...
A guilhotina moderna nos dá essa opção...

"Este texto é fictício,bom,pelo menos para mim,seu autor,mas muitos já passaram por essa sensação de guilhotina,frente a frente com uma pessoa vestida de branco lhe dizendo...-É,infelizmente,é maligno...
só resta,a luta,a fé,e a esperança,de que tudo pode,deve,e vai mudar..."

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

As Faces do Destino(parte 9)

Carlos acorda assustado,a luz do quarto ainda está acesa.
-Nossa!outro pesadelo...
Quando se recostou na cama,devido ao cansaço do dia de trabalho,e a conversa com Marcinha,sem falar no comentário de sua mãe sobre ele não saber nada sobre Adriana!...
Ele acabou adormecendo,cochilando,acordou com o grito de Marcinha em seu pesadelo,a luz do quarto acesa ajudou-o a não se assustar ainda mais,a toalha molhada ainda em sua mão,e um fundinho de dor de cabeça.
O relógio marcava 22:30hs,resolveu dormir,colocou uma camiseta,colocou um shorts,foi até o banheiro e pendurou a toalha para seca-la.
Voltou ao quarto,foi se deitar,e torceu para não ter mais pesadelos...
No "Solar das Flores",Adriana checa seus e-mails,e trabalha um pouco,depois acaba enjoando e vai fazer um lanche,come,bebe um suco de laranja,e vai para sala,afim de ver um pouco de tv,liga a tv mas acaba se distraindo,quando pega um album de fotos para ver...
Fotos que a fazem voltar no tempo,viajar em um passado onde gosta de estar,as amigas de sempre,as mais ou menos amigas,e as nada amigas,entre elas,Marcinha,sim,elas nunca se deram.
Adriana achava Marcinha nojenta,e Marcinha achava Adriana um porre,muito chata.
Elas sempre,para azar das duas,estudaram juntas,desde o primeiro ano,e já não se suportavam,desde crianças,e foi logo no primeiro ano de escola,que Marcinha se encantou com Carlos,claro que no inicio como amiguinhos de sala,e de escola,e Carlos,desde o primeiro ano também,se encantou por Adriana,desde o primeiro olhar inocente.
Passando pelas páginas daquele album,Adriana viajou em cada página,até chegar a última delas,as fotos do último ano do ensino médio(2º grau),fotos do churrasco na chácara,e da colação de grau no clube da cidade,todos muito bem vestidos,tudo de muito bom gosto,uma linda festa,reunindo os familiares de todos eles,professores,funcionários do colégio,e de repente,uma foto deixa Adriana de boca aberta,quase sen folego,a faz paralisar por alguns segundos,ela não consegue acreditar.
-Meu DEUS!não pode ser - ela pensa em voz alta - não pode ser!
Os inseparáveis,assim estava escrito logo abaixo da foto,Olavo,Rodolfo,e...Carlos:
-Não acredito,eu não acredito,Carlos?mas espera aí!
Adriana começa a juntar algumas peças,o dia da chuva,o "abrigo" improvisado em um ponto de ônibus antigo,o encontro no barzinho de relance,ela desviou o olhar muito rápido,agora ela se lembra...
-Era ele - Adriana junta as pontas do quebra-cabeças - eu não acredito,será que ele não se lembrou de mim?ou se lembrou e ficou acanhado de falar?mas também eu estava tão assustada...
Agora os pensamentos de Adriana se misturavam,pela surpresa de reconhecer um velho amigo de escola,que ela encontrara,ou reencontrara em um dia confuso,em um final de tarde,onde se aproximava uma tempestade,e o encontrara naquele tipo de "abrigo",um velho ponto de ônibus,e não o reconhecera naquele momento,talvez o fato de estar muito assustada com sua chegada repentina ao ponto de ônibus,deve ter sido isso que a fez não prestar mais atenção no homem que havia acabado de entrar,afinal ele poderia ser qualquer coisa,um ladrão,um estuprador,um...bom,mas no final era apenas ele,Carlos,que ela não reconheceu,e no caminho até o "Solar das Flores",continuava muito assustada,tão assustada,que nem se lembra de ter se despedido dele.
Ela fecha o album de repente,como se algo a tivesse assustado,fechou tão depressa e com tanta força,que ouviu-se um baque,tão alto que,se alguém estivesse perto,assustaria.
Ela não estava fechando apenas o album,estava querendo se livrar da lembranças que acabaram ficando confusas,e embaralhando seus pensamentos.
Desligou a TV,guardou o album,e foi para seu quarto,lá tomou um banho,um longo e delicioso,e relaxante banho,mas nem isso fez seus pensamentos cessarem...
Desligou o chuveiro.se enxugou,enrolou-se na toalha,e foi até o espelho,passou creme no rosto,tirou a toalha,passou hidratante em todo seu corpo,ficou mais um pouco em frente ao espelho pensando,depois vestiu uma calcinha branca de algodão,ela não gosta de ficar totalmente nua,colocou o sutiã,e foi atá a área de serviço,pendurou a toalha no varal,voltou ao seu quarto,pegou um livro para ler,se recostou no travesseiro,ajeitou-se até ficar confortável na cama,e começou a leitura.
O livro já estava ma metade,uma leitura bem interessante,Desaparecido,de Danielle Steel,mas nesse momento,toca o interfone...
-Boa noite Dª Adriana,desculpe o incomodo - se desculpa o porteiro Ariovaldo - tem uma visita pra senhora!
-Visita?que visita? - Adriana se espanta - não estou esperando ninguém,qual o nome?
Silêncio por um instante,e ansiedade enquanto o porteiro pergunta ao visitante o seu nome.
-O nome é Carlos,Dª Adriana,diz que é um amigo da senhora de muitos anos!
Ela fica muda ao telefone por um instante,ao interfone...
O porteiro insistiu do outro lado:
-E então Dª Adriana,o que eu faço?mando o moço subir,ou a não!
mais alguns segundos de silêncio,e de repente Adriana fala:
-Qual o nome completo dele?
Mais silêncio enquanto ele faz a pergunta ao visitante,e ele volta ao interfone:
-Carlos Augusto Sampaio...
Meu DEUS é ele,mas o que ele faz aqui?pensa Adriana,como pode?será que ele também descobriu apenas hoje?...não,não é possível,é muita coincidência.
Ela decide:
-Mande-o subir por favor.
Adriana está super nervosa com a visita inesperada,seu coração está disparado,as mãos estão suando,a espera de alguém de seu passado.
Se veste rápido,coloca uma calça jeans e uma blusa preta,e se prepara para a chegada de sua visita...
A campainha toca,seu corpo estremesse,ela se dirigi a porta,coloca a mão a maçaneta,gira-a,e abre,e neste momento o telefone celular toca,e a acorda,é Aline,o nome que aprece no display,sua amiga.
E ela pensa,em voz alta...
-Nossa,que sonho doido,parecia real!
E atende o celular.
Começa mais um dia,é terça-feira,Adriana desperta ainda mexida pelo sonho da noite anterior,levanta-se,vai para cozinha,toma seu café,senta-se um pouco na sala antes de entrar no banho,e mais uma vez seus pensamentos estão no sonho que teve,porque esse sonho agora?deve ter sido a surpresa da lembrança sei lá!ela tenta achar o motivo,mas não conseguindo,vai para seu banho.
Carlos também já havia despertado,dormiu sem pesadelos,e sem sonhos,já estava pronto para mais um dia de trabalho,estava a caminho,depois de levantar cedo,tomar seu banho,tomar seu café acompanhado de sua mãe,e seu irmão,dizer um alô pra Sansão,já estava a caminho do trabalho.
Esperava que fosse um bom dia de emprego,mas não sabia o que o destino estava preparando para ele,naquele lindo dia...
Depois do banho e do café,Adriana também iria sair para o trabalho,quando a companhia tocou,ela estremeceu,o susto foi tão grande que a bolsa caiu.
Mas o porteiro não avisou que alguém estava subindo?pensou Adriana,quem pode ser a essa hora?
Ela se encaminhou até a porta,tudo igual ao sonho,pegou,e girou a maçaneta,as mãos estavam suadas,no sonho pelo menos ela sabia o que encontrar,agora abriria a porta as escuras,não sabia o que viria do outro lado,mas quem poderia ser?
Os porteiros sempre avisam quando a alguém pra subir,porque não avisaram?
Quem será?
Ela toma coragem,e abri a porta de uma vez,e se surpreende com a visita,ela realmente não esperava uma visita daquelas em horário nenhum,muito menos tão cedo...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As Faces do Destino(parte 8)

-Você tem algo pra me falar? - Carlos queria saber...
-Não! porque? - Marcinha estranhou o tom na voz de Carlos.
Neste momento Helena se aproxima,Marcinha disfarça seu rosto molhado pelas lágrimas,tirando um lenço de dentro de sua bolsa para enxugar o rosto.
-Bom queridos - Helena começa a falar - tenho que sair,mas fiquem a vontade,algum problema Marcinha?
-Não,não querida.só uma história triste que o Carlos estava contando!
-Oh - Helena olha para Carlos - um rapaz tão bonito contando histórias tristes?
-Dou minha palavra que paro! - disse Carlos.
Eles riram,e Helena como havia comentado,saiu!
Carlos insistiu...
-E então mocinha!que riso era aquele no seu rosto?
-Que riso Carlos!eu estava chorando.
-Ah é! - quando Carlos ia continuar o celular tocou,sua mãe.
-Oi mãe!desculpa,estou aqui com a Marcinha!
Marcinha faz um gesto de quem está mandando um beijo.
-A Marcinha ta mandando um beijo mãe!tá,outro pra você - Dª Joana retribui a gentileza.
-Tudo bem mãe,não,não se preocupe,acho que não vou jantar,tá bom,beijo,até daqui a pouco.
-E então mocinha? - Carlos quer saber.
-Que foi Carlos?que coisa!
-Fala Marcinha!
-Quem veio aqui pra falar foi você!
-Então,eu já falei,acho que agora é a sua vez - Carlos parecia decidido.
Mas Marcinha não iria ceder tão fácil.
-Olha sua mãe já ligou,eu também preciso ir,porque tenho um compromisso.
-Você vai falar!
-Carlos por favor não seja criança.
-Eu já falei pra você,o que você queria ouvir.
-Eu,na verdade,não queria ouvir isso - as lágrimas caem novamente pelo rosto de Marcinha ao terminar a frase,não tinha como evitar,elas brotavam dos seus olhos,sem que ela pudesse fazer alguma coisa.
-Eu sei,eu sei - Carlos fica sem graça.
-Vamos lá vai - Marcinha chama para irem,as lágrimas caindo em seu belo rosto.
-Ok,então vamos - Carlos concorda.
Carlos pede a conta,paga pelas bebidas,(o salgado ficou como cortesia),e os dois saem.
-Vamos lá,eu te levo - Marcinha se oferece.
-Não precisa,você tem um compromisso,pode ir,eu pego um ônibus,você ta perto sua casa,não vai me levar do outro lado da cidade.
-Não seria nenhum empecilho,ta tudo bem...
-Bom,nós ainda precisamos falar!
-Carlos,nós já falamos,eu já entendi.
-Porque por trás desse choro,desse rosto desanimado,havia um ar de cinismo?
-Não era cinismo,era só a constatação do que eu já sabia,mas como sempre,sou insistente mesmo,mesmo sabendo que a parada era quase perdida,paguei pra ver,e perdi.
Eles vão até o carro,entram,Marcinha e Carlos,partem calados,até o destino,Vila Isabel,onde Carlos mora com sua mãe Dª Joana,e seu irmão Caio,e Sansão(seu companheiro fiel,seu cão),silêncio...da saída do barzinho,até a parada em frente ao nº28,da rua Olavo Bilac,na Vila Isabel,a residência de Carlos,local que Marcinha conhecia muito bem,eles se olharam sem nada dizer,quando Carlos foi falar,Marcinha não deixou...
-Não...não fala nada Carlos,por favor!
Carlos fez um olhar espantado de surpresa,e ela continuou...
-Deixe assim como está,tchau,preciso ir...
Carlos não disse nada,saiu do carro,ficou olhando Marcinha sair,e virar a esquina,no seu íntimo,ele sabia que Marcinha tinha algo mais a dizer,mas resolveu deixar como estava,afinal o que fazer?
Sansão como sempre veio ao encontro de Carlos no portão.
-Oi garoto!
-Mas o que houve? - Dº Joana o  esperava na área...
-Oi mãe,boa noite!nada não,estava me acetando com a Marcinha...
-E ela como está?
-Agora um pouco chateada,mas via passar!
Quando Carlos entrou,Dª Joana e Sansão estavam na área a sua espera.
-Mas o que houve?
-Nada mãe.apenas uma conversa definitiva,entre eu e Marcinha.
Dª Joana,é claro,iria querer saber todos os detalhes dessa conversa.
Mãe e filho conversaram enquanto ele preparava um lanche para ele,Sansão cumprimentou o dono,e como sempre foi para o seu lugarzinho nos fundos.
Caio como de costume não estava em casa,havia saído.
Os dois conversavam enquanto Carlos ia degustando seu saboroso lanche,feito pelas mãos precisas d Dª Joana.
Entre uma mordida e outra,ele foi narrando tudo o que aconteceu na conversa com Marcinha,no barzinho.
Quando terminou,Dª Joana perguntou:
-E agora?
-E agora o que mãe? - Carlos não entendeu a pergunta.
-O que vai fazer?sabe alguma coisa sobre a Adriana?se namora,se está com alguém,se é noiva?casada,o que aconteceu na vida dela desde então,afinal fazia tempo,muito tempo que não se viam...
De repente Carlos sente um calafrio percorrer seu corpo.
Afinal,ele não sabia nada sobre Adriana,havia muito tempo sim,que não se viam!até aquele encontro inesperado,no ponto de ônibus antigo,aquele "abrigo",não sabia se ela tem um namorado,embora estivesse sozinha no barzinho com as amigas,mas isso não quer dizer nada,ele poderia estar viajando,trabalhando,ou simplesmente poderiam estar brigados,quem sabe?
Ela poderia sim ser noiva,ou até ter um filho,ou filhos!sua mãe estava certa sim,não sabia nada sobre Adriana...
-Carlos! - Dª Joana desperta Carlos de seu pesadelo.
-Oi
-Come menino,e deixa pra sonhar acordado depois.
Ele continua a comer,porém,o lanche,embora estivesse,como tudo o que Dª Joana faz.delicioso,já não tinha o mesmo sabor,perdeu o gosto.
Mais uma vez,está plantado no coração de Carlos,a duvida,o amor por ela que estava adormecido em algum canto do seu coração,renascera com força,e agora tomava conta novamente do seu coração.
-Meu DEUS,tudo de novo!
Carlos começava a se desesperar,mas não havia muito a fazer no momento,foi tomar um banho,depois de engolir o lanche,que desceu meio atravessado na garganta.o banho poderia relaxa-lo um pouco,é no que ele apostava.
Tomou seu banho,desejou a sua mãe uma ótima noite e foi se deitar,tentar descansar.
"Quando saiu da casa de Carlos,as lágrimas no rosto de Marcinha transbordavam,e já não paravam mais,e ela acelerava seu carro,em prantos,e pensava no seu grande amor,Carlos,que não a amava,e ela o queria mais do que a sua própria vida,morreria por ele,o amava loucamente,mas já sabia que não havia mais nada a fazer,e no desespero,em meio a todo o pranto e toda a dor,Marcinha grita desesperada o nome do seu grande amor,um grito carregado de emoção,e dor,muita dor...
-Carlossssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss!!!
E com o grito ouve-se uma pancada forte,um barulho horrível,Marcinha bate seu carro em um poste,e com o impacto da batida,o carro capota várias vezes,e explode...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Surpreendente!!!

Um certo dia,ia eu caminhando por uma estrada que eu não sei onde fica,nem o que eu estava fazendo por lá,para mim,um caminho desconhecido,mais ia caminhando...
Logo mais a frente,avisto alguém,me parece um senhor,ando mais rápido,para alcança-lo,o que não foi difícil,pois ele vai bem devagar.
Chegando perto,minha impressão estava certa,me deparo com um senhor de rosto sereno,sorriso largo,e sincero,de sua alma,sei lá como explicar isso,brotava inteligência...
Então pergunto eu:
-Olá,onde estou,o que é aqui?que estrada é essa?o Sr. sabe me dizer?
E ele com uma voz calma,me diz:
-Sim nobre rapaz,sei lhe dizer sim!essa estrada,é o caminho da VIDA!!!
-Caminho da VIDA? - pergunto eu.
-Sim meu bom moço,o caminho da VIDA,da sua VIDA.
"Minha VIDA? penso eu,e fico desconfiado,está esclerosado o pobre homem..."
Ele,como se eu tivesse falado e não pensado! me diz:
-Não meu caro,não estou esclerosado não,sente-se,vamos conversar...
Sentamos,e neste momento começam a aparecer cenas familiares pra mim,todas elas,vejo então que em minha frente,passa diante dos meus olhos,o filme de minha VIDA,desde de 21/02/1977...até os dias atuais.
Passando por minha VIDA,comecei a pensar,será que sou um bom filho?um bom irmão?,bom neto?um bom sobrinho?um bom tio?é certo que poderia ser muito melhor do que sou,mas quem tem verdadeiramente essas respostas,são as pessoas que convivem,ou conviveram comigo,e uma última questão então!!!
Serei eu um dia,um bom Pai?quem sabe!!!um bom esposo?
Aquele Sr. está me fitando e balançando a cabeça,em sinal de aprovação,não sei o que ele aprova,e ão perguntei nada...
Me verei um minuto,quase que distraído,neste instante,nos encontrávamos em frente ao mar,só não me pergunte como fomos parar ali,e nem onde estávamos,quando me virei novamente,ele já estava indo embora.
Então gritei:
-Ei,Sr.qual o seu nome?
Ele responde:
-Depende de seu coração meu filho,pode me chamar de David,Buda,Ala,DEUS,Emanoel,Antonio Carlos(Antonio Carlos,é o nome do meu Pai,que se foi,em setembro de 1997),minha mente me leva a momentos,que para os outros,não existem...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Prelúdio de um breve adeus...

Eu ainda vou caminhar por ruas,que eu ainda não andei.
Ainda vou visitar cidades,que nunca imaginei.
Ainda vou ser o motivo de sorrisos,de duvidas,de certezas.
Ainda serei o motivo do choro,eu ainda serei o motivo do sorriso,ainda vou sorrir,ainda vou chorar,conquistar,esperar,perder...
Vitórias estão por vir,derrotas também,faz parte,por isso,estou aqui...
Seu olhar ainda vai cruzar com o meu,talvez você não me reconheça,mas serei eu...
Como sou eu quando você sorri,sou eu quando choras.
Estou lá quando as pessoas por descuido,não te tratam bem.
Sou eu quem te consola,sem que você me veja.
Porque ainda não posso me mostrar pra você.
Não...não...não...,eu não sou um fantasma.
Eu sou quem ainda vai chegar.
O tempo me levará,pode até demorar,mas eu vou chegar.
Existem momentos que ainda vão chegar,existem sonhos a buscar.
Ainda a algo a acrescentar,tudo ainda está por vir.
Quem sabe um dia,meu filho esteja aqui,ou pode ser que não seja assim.
Pode ser que eu ainda nem tenha nascido.
Quem sabe essas frases estejam nascendo comigo.
E se sou eu quem você espera,a vida toda?
E se eu te disser que sempre soube que me esperavas,mas não podia te contar nada.
Será que sou de carne,e osso,será que sangro,será que sinto mesmo?
Me diz...se eu pegar em tua mão,e olhar pra você,o que pode acontecer?
Me aceitas?me rejeitas?a escolha é sua,não é minha,será você escolhera.
Viver comigo,ou me ignorar,me odiar,ou me amar.
A estrada que sigo vai muito além,do que meu olhos podem ver.
Ainda posso demorar para terminar essa caminhada.
Mas também pode ser,que termine amanhã.
E se for assim,o que levo daqui?
A certeza,de que foi muito bom,estar por aqui...

As Faces do Destino(parte 7)

Ele olha,e vê,Marcinha,ela olha para ele,dá aquele seu sorriso largo e lindo,e tudo some,fica tudo escuro...
Ele se mexe devagar,tudo escuro ao seu redor,ele constata que está em sua cama...mais um sonho muito estranho.
"Meu DEUS - ele pensa,mas logo volta a adormecer...
Pela fresta da janela um forte raio de sol surge,Carlos acorda e se assusta,mais um sonho?
Ouve Dª Joana na cozinha,ufa,é só o astro rei forte e imponente brilahndo no céu.
Segunda-feira,mais um dia chegando,tudo recomeça,uma nova semana.
Mas...e Adriana?como saber dela?
Se levantou,foi até o banheiro,tomou banho,se trocou,e foi até a coazinha para tomar café.
-Bom dia Mãe!
-Bom dia filho
-Dormiu bem? - Dª Joana quis saber.
-Sim,só tive um sonho estranho,mas tá tudo bem...
-Sonho estranho? - Dª Joana ficou curiosa
-Sim...
Ele narrou o sonho estranho para sua Mãe...
-É,bem estranho mesmo! - Dª Joana concordou,e continuou...
-Você precisa resolver logo esse entrave,e decidir quem você quer de uma vez por todas.
-Eu sei Mãe...
Ela deu um beijo em sua testa,ah,como é bom beijos de Mãe,e ela foi cuidar do serviço da casa.
Caio já tinha saído para o trabalho,e carlos depois qeu tomou seu café,despeiu-se de sua Mãe,e saiu também para o trabalho.
Uma segunda-feira como qualquer outra no escritório,muito trabalho,o tempo passa voando,e não há tempo,nem mesmo para pensar no cotidiano,mas a imagem de Adriana está sempre em sua mente...
Quando Gerson passou pel mesa de Carlos ele nem reparou,de tão compenetrado.
-Ei marujo!vai ficar para o turno da noite?
Carlos se assusta...
-Uau!que horas são?
-São cinco e dez héroi,ta querendo resolver os problemas contábeis do mundo em apenas uma segunda-feira?...
-Tá bom,tá bom,já vou indo.
-Até amnhã marujo!
-Até amanhã Gerson...
Gerson era um camarada muito legal,no escritório não haviam muitos assim não.
Mas esse era...
Carlos arrumou tudo e saiu,o último a sair,foi andando okhando a rua,afinal ainda havia bastante movimento,pois o comércio fechava só as dezoito horas,e ainda eram cinco e vinte.
Foi andando,subindo pela rua em direção ao ponto de ônibus mais próximo,ele geralmante não ia trabalhar de moto,quando de repente...
Em frente ao restaurante "O Paladar",uma visão o faz flutuar...sim,ela,Adriana,linda,sorrindo,uma deusa,a sua deusa,o sorriso dela faz o mundo parar para olha-la,linda,marabilhosa,ela conversava com outras duas moças,não era nenhuma das suas amigas,que ele viu no barzinho.
Elas não viram que ele estava por ali,ele resolveu esperar,talvez ela saisse logo...
O tempo passou,ele ali parado,esperando,e nada,dezoito horas...ele olhou para o relógio,esperou um pouco mais...depois de um tempo,dezoito e trinta,estava ficando tarde,e nada de Adriana sair!!!
O celular toca.."Mãe",ele pensa,afinal já estava um pouco tarde,ele olha no display do celular,e vê o nome de Marcinha!!!ele desligou...
-Mas que feio!
A voz veio atrás dele,bem perto,ele se vira,e da de cara com Marcinha...
-Oi - ele gagueja
-Eu espero que o sr. tenha um ótimo motivo para desligar na minha cara Sr.Carlos...
-Ah,eu fui atender e errei o batão,e acabei desligando,desculpe...
-Nossa,que mentira mais infantil!
-Mas foi isso Marcinha!o que você quer que eu diga?
-A verdade!
-Então vamos lá - a voz de Carlos muda,ela mesmo assustada não recua.
-Então vamos,vem,tem um barzinho aqui perto - Marcinha saiu e carlos foi logo atrás,olhou mais uma vez para trás,mas nem sinal de Adriana.
No fundo carlos sentia um pouco de alívio,por saber que sua amda estava bem...
Mas qual surpresa nova o destino prepararia agora para ele,ou,para eles...
Chegaram ao barzinho que Marcinha falou,"Afrodite",um lugar agradável,tocado por duas sócias,Flávia e Helena,eram conhecidas de Marcinha,por isso Helena foi pessoalmente até a mesa.
-Mas que surpresa boa - Helena se alegra ao ver a amiga.
-Oi querida - Marcinha a abraça e retribui o carinho,depois apresenta o "convidado",que está distraído olhando a rua...
-Carlos? - Marcinha se irrita...
-Oi ,desculpe...
-Que falta de educação mocinho!estamos aqui e você olhando pra rua?o que tem de tão bom na rua que te faz ficar assim,no mundo da lua - Marcinha está uma fera.
-Calma eu só estava distraído,boa tarde,prazer Carlos - ele se dirigi a bela Helena.
-O prazer é todo meu Sr.Carlos - ela sorri e continua - vou providenciar sua bebida Marcinha,a de sempre?
-Sim,por favor...
A de sempre era um bloody mary's...
-E você? - ela olha para Carlos - desculpe a brincadeira,você não tem nada de sr.,o que bebe querido?
-Imagina Helena!não se desculpe,é que tem uma pessoa que adora chamar minha atenção assim,né Dª Marcinha?
Marcinha está emburrada,mas Helena já conhecia os chiliques de sua amiga...
-Bom,eu quero um refrigerante!
-Tudo bem!,vou pedir para o garçom trazer o pedido,fiquem a vontade.
-Obrigada querida - Marcinha agradece a atenção da amiga.
Ela sai,e vai até o garçom,fala os pedidos e vai em direção ao balcão,mas antes da uma olhadinha para a mesa,onde estão Carlos e Marcinha.
Carlos novamente está olhando a rua,Helena sorri com a cena,Marcinha está no celular,com sua mãe,e não percebe que seu acompanhante está novamente disperso,olhando a rua,vendo se conseguia avistar Adriana.
Quando ele se volta para o bar novamente,seu olhar cruza o olhar de helena,que ainda sorria pela cena,ela não desvia o olhar,eles se olham,até o momento em que Marcinha desliga o celular.
Helena vai para o escritório.
-Ei!desligou de novo?o que você tá olhando agora? - Marcinha faz a pergunta e se vira em direção ao balcão,onde estava Helena até segundos atrás,que era para onde Carlos estava olhando no momento em que ela desligou o celular,ela apenas vê o garçom vindo com as bebidas,não entende nada,então resolve deixar pra lá.
-Pronto,a bebida da Srta.,e a bebida do rapaz,e os petiscos são uma cortesia,são por conta de Dª Helena - o garçom os serve,e pedi licença.
-Obrigada - Carlos agradece - agradeça a Dª Helena.
-Pode deixar,fiquem a vontade.
-Obrigado.
-E então Sr. Carlos,temos muito o que falar,o Sr. não acha?
-Você não sabe o quanto! - Carlos responde e olha novamente para a rua,nada de Adriana.
A resposta seca de Carlos,provoca em Marcinha,um calafrio...
-E então? - Marcinha está aflita - fale!vamos lá.
-Marcinha,as coisas não assim tão simples,eu já me censurei um monte de vezes por ter passado a noite de sábado para domingo com você!
-Mas porque? - ele não entendia - o que eu fiz de errado?
-Você?nada,eu?tudo...
-Mas porque?Carlos...
-Não era com você que eu queria estar,e você sabe disso muito bem,não sabe?Marcinha - ela só balança a cabeça afirmativamente,a primeira lágrima já rolava em seu rosto...
-Quando você me chamou - Carlos continuou - eu estava me martirizando,tinha acabado de ficar cara a cara com a mulher que eu quero,e não consegui falar nada para ela.
-Porque? - a essa altura,as lágrimas rolavam pleo rosto lindo de Marcinha...
-Não sei porque!era a segunda vez,o segundo dia seguido esta semana que a encontrava,o segundo dia seguido que ficava frente a frente com ela,e não falei nada,bom,no primeiro encontro,foi tudo muio estranho...
Carlos narrou para Marcinha,o que aconteceu na noite em que reencontrou Adriana...
-Adriana? - Marcinha se espanta - não vai me dizer que você está me falando que é a mesma...
-Sim - Carlos a interrompe - a mesma Adriana,a mesma de sempre.
-Quando nós estávamos juntos - Marcinha começa a falar,mas Carlos a interrompe de novo...
-Ei,nada disso,nem pense nisso,fazia anos que não tinha contato com ela.
-O que você pretende? - Marcinha quis saber.
-Ainda não sei...
-O que você sabe dela?
-Ainda nada,ou quase nada,sei que sai com as mesmas amigas,e que mora no mesmo prédio que você!
-Não moro lá,o apartamento é do meu tio,estava pensando em comprar mas! - ela parou de falar...
-Mas...? - ele queria saber.
-Nada não!vai Carlos,continua.
"Marcinha já não chorava mais,mas tinha em sua voz,um misto de decepção e derrota,mas no semblante,Carlos notava um sorriso,quase disfarçado de deboche,ela também não conseguia esconder algumas coisas dele,afinal foram alguns anos juntos,como amigos,e namorados,mas ele não sabia ao certo,o que poderia ser"...

domingo, 17 de julho de 2011

Abrace-o...

Olá,olhe ao seu redor!mas olhe bem.
Olhe com os olhos da alma,e do coração.
Tem alguém,neste exato momento ao seu lado.
Lhe pedindo um abraço,abrace-o.
Ele está sempre a te ajudar.
A mostrar pra você,o melhor caminho.
A te puxar para a superfície.
Quanto você teima em se afogar.
Ele está aí neste momento.
Com as mãos sobre você,te iluminando.
Ele não pede nada em troca.
Mas para ele seu abraço e sua atenção.
É o máximo,abrace-o.
Ele não vai sair de perto de você.
Mesmo quando você teimar em dizer que ele não existe.
Ele não liga,ele sabe de nossas limitações.
Ele estará sempre pronto para lhe proteger.
Ele,é seu anjo da guarda,abrace-o.
Ele vai adorar....

Aprendizado!!!

Nem tudo o que vivemos são flores.
Passamos por provações,as vezes bem difíceis.
Faz parte de nossa passagem por aqui.
Do nosso aprendizado enquanto habitamos a terra.
E daqui algum tempo,não estaremos mais aqui.
Cada um de nós,tem um tempo determinado aqui na terra.
Alguns por 2 dias,outros 2 meses,ou 20,80,ou até 120 anos,
quem sabe!!!!
Depende do quanto se está evoluído quando se chega.
Tá,eu sei,eu sei,tem gente que não acredita.
Incrível,a pessoa anda pela terra,sente o vento soprar.
Olha a imensidão do mar,sente a brisa da noite.
Olha as estrelas,a lua,sente o calor do sol.
Vê a casa do joão de barro,os pássaros.
E nem assim acredita em nada!
Será que essa pessoa acredita,quando vê o seu reflexo no espelho.
Que ela está viva.
Vai saber....
Mas é assim,vivemos etapas na VIDA.
Onde encontramos flores,e algumas vezes.
Acabamos por nos espetar em algum espinho.
É o chamado meio termo.
Se até DEUS usa de meio termo,para conosco.
Porque em determinados momentos da VIDA.
Nós somos tão intolerantes,com as pessoas ao nosso redor?
Ah é,por isso é que ainda estamos aqui.
Aprendendo,todo dia uma nova lição.
Boa aula hoje meus amigos.
E aqui a aula começa cedo,desde a hora em que o sol sai.
Até o hora em que os olhos fecham,as vezes,o aprendizado.
segue sono adentro.

Ao Mar...

Subam as âncoras...
Icem as velas,vamos lá,vamos velejar...
Ao som calmo,e tranquilo...
Das águas do mar...
A angústia,ele à de acalmar...
Vamos velejar,vamos rumo ao nada...
Mas não vamos empunhar nossas espadas...
Nada de armas,elas ficarão guardadas...
Hoje,iremos velejar,pelo mar...
Não havemos de lutar...
Estaremos a peregrinar,na imensidão do mar...
A rota,por um momento se perdeu...
Tudo arrefeceu,mas o marujo,não se abateu...
Turbulências fazem parte do mar...
E o dia nem chegou ao fim...
A noite ainda nem está próxima de vir...
Mas temos que encarar o mar...
Ainda estamos em alto mar...
Não viemos para saquear,nem desordem provocar...
Viemos,apenas,e somente para velejar...
Parar para pensar...
Oh,saudoso e vasto mar,estamos aqui para confabular...
Para pensar,para ficarmos submersos,dentro nós...
Tinha palavras a proferir...
Mas,melhor não,deixe-as aqui,dentro de mim...
Não irei agredir o papel,não sou assim tão cruel...
Nada é tão simples assim,nada,sou apenas mais um pirata...
A jornada é essa,quase nunca tenho pressa...
Mas as vezes,é preciso correr,velejar...

A Lágrima!!!

Começa com um nó.
Que parece estar na garganta.
Mas esta,é só uma impressão.
Ela está mesmo lá no fundo da alma.
E quando não dá mais para segurar,ela vem.
Pura e cálida.
Meio salgada,amarga!
Mas as vezes pode ser doce.
Depende do momento.
Depende muito do que está por dentro.
Pode vir de repente,como um turbilhão.
Pode vir aos poucos,a conta gotas.
Pode vir durante o dia.
Mas é mais provável que venha a noite.
Quando está tudo quieto,tranquilo,e tudo favorece as lembranças.
As saudades,as recordações.
Não que as noites sejam ruins,imagina,longe disso.
Mas quando cai a noite.
Tudo fica mais difícil,e nessas horas é que elas vem cristalinas.
As lágrimas.
São amigas pra qualquer hora ou momento.
Elas estarão sempre lá.
Sempre a nos acompanhar.
Companheiras incansáveis,amigas leais.
As lágrimas.
Sempre poderemos conta com elas.
Sempre chegam na hora certa.
E se vão,assim,suave,como se nem tivessem chegado....

Que Maravilha...

Pirulitos,balas,ursinhos,brincadeiras mil,alegria,saúde....
Hoje é dia de foliaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...........
Ah tá,como se os outros não fossem.
Pra eles não importa que dia é.
Que mês estamos,que horas são.
Não há compromissos com nada.
A não ser com a alegria,com a festa,com as brincadeiras.
E como eles sabem se divertir,com qualquer coisa vira uma festa mesmo.
Eles é que estão certos,a VIDA é uma festa,porque que a gente esquece isso heim?
Um amigo meu,me disse um dia,que a maior felicidade que ele tem na VIDA,é chegar em casa,
e ver aquela bagunça,porque é sinal que a filha dele está com saúde.
Chegar em casa e ver a casa toda arrumada,é sinal de que a criança está doente.
E não tem nada mais triste,do que uma criança doentinha.
Então vamos lá.
Libera a bagunça e deixa rolar.
Brinquemos minhas crianças.
Abraços.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

E ele se foi...

E de repente,sentiu uma faca entrar,e destruir o seu coração...
Entrou e retesou o músculo...
fazendo o sangue jorrar...
Mas ele não via sangue!!!
Sentia uma dor dilacerante...
Mas não via nenhum sangue...
Sentia a lâmina,mas não via a faca...
Não entendia!...e dor,muita dor...
Gritava,urrava de dor,seu corpo tremia...
Tremia inteiro,a lâmina que ele não via...
Cravada em seu coração até o cabo...
Fazendo jorrar o sangue que ele também não via...
Só sentia que ele escorria pelo seu corpo...
E ia deixando-o fraco,cambaleante...
Só depois percebeu,que a faca poderosa...
Era feita de uma lâmina que corta sem piedade...
A lâmina mais afiada do mundo...
A lâmina feita de palavras,frases...
O sangue jorrava sim de seu coração e o deixava fraco
O sangue que não se vê,a olho nu...
O sangue que jorra só por dentro...
Uma hemorragia na alma,deixando-o fraco...
A fraqueza era da angústia e da amargura que ficou...
Tudo por conta de uma frase..
Que dilacerou seu coração,a frase de sua amada...
Dizendo-lhe:
-Vou me embora,e não vou mais voltar,não te amo mais...
Aquele era o golpe que ele não entendia...
E de tanto sofrimento,parecia ter sido esfaqueado no coração...
Não deixou de ser um golpe,o mais duro de sua vida...
Vida que se foi pouco depois do abandono,de tristeza,dor,e solidão...
A faca das palavras,atravessou sim seu coração...
E fez o sangue da angústia,e do desamor,jorrar,até mata-lo...
Cuidado com as palavras que proferes,elas podem ferir...
Um ferimento de morte...

terça-feira, 12 de julho de 2011

As Faces do Destino(parte 6)

A noite chega,e trás com ela,um lindo luar,e todas as estrelas vieram para enfeitar ainda mais o céu.
No íntimo de Carlos,a mesma preocupação,como saber de Adriana,pensa,pensa,mas não vê nenhuma solução para como saber de sua amada.
Pensativo...estava assim quando o celular o despertou.
Uma mensagem de texto,o número era claro,de Marcinha...
..."Olá querido,tudo bem?estou escrevendo para perguntar de você,se interessa sair hoje,quer vir me visitar?querendo me liga,ou mande uma mensagem,se não ligar,e nem enviar nenhuma mensagem,vou saber que não está interessado em sair hoje,beijos..."
Pronto,estava instalado o problema em seu íntimo,por um lado,se aceitasse,daria esperanças a Marcinha,e ele não sabia se queria isso,por outro lado,ir até o "Solar das Flores",seria uma oportunidade de saber notícias de Adriana.
Essa última resolução o deixou muito mal.
...Mas o que eu estou fazendo meu DEUS,estou cogitando a possibilidade de encontrar-me com a Marcinha,para ter notícias da Adriana?perdi totalmente a noção...
Carlos até pensou em ligar para Marcinha,mas irritado com ele mesmo,achou melhor deixar como estava por enquanto...
Dentro do seu quarto ele viajava em seus pensamentos,em sua cabeça,ele pensava o quanto era um tolo,esteve ao lado da mulher da sua vida,por duas vezes,e nada fez,e acabou se entregando novamente nos braços de Marcinha,embora Marcinha fosse uma moça encantadora,ele sabia que seu coração não pertencia a ela,e mesmo assim,ficou com ela,porque homem é assim?
Ele não podia ter feito isso,pensava...o que eu fui fazer?porque não abordei ela no barzinho meu DEUS,porque fui pra cama com Marcinha???
Porque...porque...porque...???
Agora era tarde,já estava feito,ele já tinha ido pra cama com Marcinha,mas o que fazer agora?
Nos pensamentos dele,um só assunto,saber como estava Adriana,o pesadelo que ele teve com ela,por ironia do destino,na cama de Marcinha,ainda ecoava em sua mente,ele precisava saber de Adriana,mesmo sabendo o erro que cometeu ao ir pra cama com Marcinha...ele necessitava saber como estava Adriana...
O domingo estava passando,Caio já havia saído para mais uma noitada,Dª Joana,depois que preparou o jantar,voltou para sala,para assistir mais um pouco de televisão,e fazer crochê,e Carlos mais uma vez,não quis comer,como não quis almoçar,fez um lanche a tarde,e estava lógico,sem fome,e pensando em como saber de Adriana,um pensamento fixo,que tomava conta de seu ser.
O celular toca...no display surge o nome de Marcinha,Carlos exita,mas atende...
-Alô?
-Oi mocinho,me evitando?
-Não Marcinha,só resolvendo umas coisas aqui...
-Resolvendo umas coisas?bem na noite e domingo?conta outra Carlos!essa não colou...
Eles riram ao telefone...
Marcinha para de rir de repente,e faz essa pergunta:
-Pensando nela?
Carlos fica sem entender...
-Em quem?
-Meu querido,não subestime minha inteligência,não é porque eu sou loira,que você vai querer me enganar!vai?
Mais risos...
-Você é demais hem Marcinha?pega tudo no ar...
-Você é um livro aberto pra mim querido,mas eu espero pela sua vontade,você vai me contar quem é!!!se é que eu já não sei!!!
-Como?
-Beijo!
Marcinha desliga sem que Carlos pudesse perguntar maia nada.
Ele fica atônito com o último comentário,ah Marcinha,só ela mesmo pra deixar alguém perdido desse jeito,o que será que essa doida sabe?
Entre espanto e sorriso pelo comentário de Marcinha,Carlos acaba se entregando ao cansaço,e cai no sono...
Pegando no sono,a última coisa que Caros se lembra é de ouvir o carro de Caio Chegando,mas não esteva muito certo e que era realmente ele,e então pensa...vou me levantar para ver...
Sai da cama,ainda sonolento,pela fresta da porta,entra uma claridade muito forte...
-Meu DEUS que luz é essa no corredor - pensa...
Ele abre a porta e...
Vislumbra algo inacreditável,um sol lindo clareando um jardim maravilhoso,com todos os tipos possíveis de flores,em meio as flores do jardim,ele vê duas crianças,brincando,correndo pelos corredores de flores,uma brincadeira,sadia,e frenética,e claro,com muita alegria.
Ele fica encantado com o que seus olhos vêem,ao longe,já que o jardim é muito extenso,ele vê alguém,que caminha em sua direção,parece ser uma mulher linda,parece ser...é?
Não pode ser,meu DEUS,é ela?sim,ela mesma,Adriana,mesmo ao longe,ele sabia que era ela,seu coração sabia.
Começou andar em direção a ela,mas quanto mais ele caminhava em sua direção,mais distante ela ficava,ele caminha de encontro a ela,e ela se afasta...
Se virou,e viu que já tinha caminhado muito,as crianças estavam longe,bem longe a essa altura,e continuavam brincando,se vira novamente,e Adriana está quase sumindo,se desespera e começa a correr,ele grita,grita desesperadamente por ela,mas percebe,depois de um tempo,que a sua voz não sai...
Ele percebendo que ela se afasta cada vez mais rápido,começa a correr,e corre cada vez mais rápido.
Ele olha ao seu lado,e vê as duas crianças correndo ao seu lado,ele não acredita,elas correm e sorriem,e percebe que do outro lado,havia uma outra pessoa...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

As Faces do Destino(parte 5)

-Carlos! Carlos! Tudo bem?
É a voz de Marcinha,o chamando,ma a voz dela parece longe.
Carlos se vira,devagar,a voz vai ficando mais próxima.
E de repente,ele acorda...
Foi um pesadelo,horrível,de tão real.
-Carlos! - ela insiste
-Tudo bem! tudo bem! - ele responde
Ela abraça seu corpo suado,e ainda trêmulo pela realidade da cena.
O relógio marca 05:30hs.
-Tenho que ir - ele diz
-Não,é cedo querido,durma mais um pouquinho.
-Não,vou andando,não costumo chegar tão tarde em casa.
-Avisa Dª Joana,ela já deve estar de pé a essa hora - Marcinha sorri,ela conhece muito bem a rotina de Dª Joana,elas se davam muito bem.
Carlos se levantou,ela percebeu que não ia adiantar falar com ele,e a preocupação na cabeça de Carlos neste momento era outra,era com Adriana.
Mesmo passando uma noite super agradável e maravilhosa nos braços de Marcinha,Adriana estava em seus pensamentos,e depois desse pesadelo então,mais ainda.
Beijou o rosto de Marcinha,ela não se virou para retribuir o gesto,percebeu que ela estava magoada,melhor não complicar.
Se vestiu,saiu,foi até a porta,a destrancou,abriu e saiu,foi até o elevador,os dois estavam parados no subsolo,chamou,e encostou na parede para esperar...
De repente a porta do apartamento se abre,o elevador está no 3º andar,e subindo,Marcinha sai pela porta apenas de calcinha,preta e provocante,como ela gosta,ela o abraça forte,eles ficam assim até o elevador chegar,quando ele finalmente para no andar em que estão,ela da um beijo em seu rosto,entra e tranca a porta,a porta do elevador abre,ele entra,e desce,rumo ao térreo,enquanto o elevador desce,além do pesadelo,que não sai da sua cabeça,agora ele também não esquece o abraço de Marcinha,forte,cheio de emoção,sem nada pedir em troca,o que ele não viu,quando a porta do apartamento se fechou,é que Marcinha chorou,encostada na porta.
O elevador chega ao térreo,ele desce,e vai em direção a porta de vidro,no posto de porteiro,já não está mais seu Ariovaldo,agora está seu Messias,já são 06:15hs neste momento.
-Bom dia - diz seu Messias.
-Bom dia - diz Carlos prontamente,e continua...
-Bom trabalho para o senhor.
-Obrigado,bom domingo! - seu Messias retribui a gentileza.
Carlos sai,passa pela porta de vidro,pelo portão que seu Messias já havia liberado,monta em sua moto,e sai andando rumo a sua casa,pass pelo ponto de ônibus(antigo),onde encontrou,ou,reencontrou Adriana,desvia o olhar,chega de pensar nisso...pelo menos por enquanto.
Chegando em casa,claro,Dª Joana já está de pé,a quase um hora,Sansão,como sempre,o recebeu no portão,ele já esteva alimentado e satisfeito.
Ele entrou,Dª Joana estava na cozinha.
-Bom dia! - disse ela,e continuou...
-Inverteram-se os papéis aqui hoje,seu irmão já chegou há tempos.
-É? - ele respondeu meio sem graça...
-Eu sei...
-Noite agitada? - ela investigou!
-Um pouco,tentei ligar para senhora lá do barzinho,mas não deu área,ai encontrei a Marcinha...
-Marcinha? a mesma?
-Sim
-Esteve com ela até agora?
-Sim,estive com ela no apartamento dela.
-Mas vocês voltaram?
-Não.
-E vão voltar?
Ele fez aquele gesto dando de ombros,como quem diz,a sei lá!
Ela resolveu se calar.
Ele tomou café,e foi para o seu quarto...
Se deitou,mas não dormiu logo,ficou pensando...pensando...pensando...
Mas como não conseguiu chegar a nenhuma conclusão sobre os fatos,resolveu parar de pensar.
O celular tocou...
-Alô!
Do outro ado da linha uma voz bem conhecida.
-Não tem mais meu número no seu celular querido?
Marcinha,aquela voz suave era inconfundível.
Ele ficou meio sem jeito com o que ela disse,e ela como sempre,percebeu...e continuou.
-Tudo bem,ta perdoado,mas só porque eu mudei meu número viu mocinho!porque caso contrário,não teria perdão - ela riu...e continuou.
-Fiquei preocupada querido,você tem um pesadelo e sai correndo,foi tão ruim assim ficar comigo?
Ela sabia que não era isso,mas adorava fazer manha.
-Claro que não sua boba,foi só um sonho ruim,só isso.
-Sei,e como a sua carinha triste de hoje de madrugada lá na praça,também não vou ficar sabendo o porque né?
-Talvez uma outra hora,num outro momento.
-Ok querido,você sabe onde estou,agora tem meu número de novo,precisando,é só me procurar,beijo.
-Beijo Marcinha.
Ele não sabia muito bem como lidar com a situação,Marcinha como sempre,chegou com tudo,fazendo alarde,lógico,do seu jeito,meiga,simpática,e se fazendo presente,a ligação era um sinal de que ela não desistiria assim tão fácil.
Carlos,em seu íntimo,já sabia que Marcinha tinha plena consciência de que tinha uma rival de peso,mas ela sempre foi assim,não desiste fácil.
Mas Carlos continuava preocupado,o sonho,ou pesadelo,tinha sido muito real,mas o que fazer?como saber de Adriana?
Por mais que tentasse,não conseguia decifrar o sonho que teve...e pensando...cai no sono.
13:00hs,ele sai do seu quarto,sua mãe está na sala assistindo um filme.
-Olá mocinho,vai almoçar? - pergunta Dª Joana.
-Não,to sem fome.
-Seu irmão está animado,ta lá fora!
-O que ele está fazendo?
-Lavando o carro.
Carlos sai,lá fora,vê Caio limpando o painel do carro,o carro está brilhando...
-Tá animado em cara? - Carlos chama a atenção de Caio.
-E aí dorminhoco,chegou tarde hem?quais as novidades?
-Nenhuma nova! - desconversou,e continuou - que horas você chegou?
-Umas 3 horas,e você?
-Eu?umas 06:40hs!
-Então rendeu essa noite? a moça do ponto de ônibus.
-Não,Marcinha.
-Marcinha?de novo?ela voltou?
-Não sei,a gente não conversou sobre isso!
-E a moça,a tal Adriana!
-Vi ela ontem de passagem,no barzinho em que eu fui,com o Rodolfo e o Olavo,e não é a moça,é a Adriana.
-Adriana,e daí?
-Adriana Albuquerque.
-Aquela do primário?
-É.
-Caramba,isso é que eu chamo de flesh back - eles riram.
Caio continuou...
-Então era ela,o tempo todo,a moça da aventura o ponto de ônibus?
-É.
-Tá,e aí?o que aconteceu?
-Nada,saí para tentar ligar para a mãe,nos encontramos,nos cruzamos melhor dizendo,eu estava perto do corredor que que vai para os banheiros,ela passou,olhou pra mim,por um segundo,desviou o olhar,e se foi.
-Caramba,e você não fez nada?
-Fazer o que?moleque.
-Sei lá,tocar no ombro dela,ei lembra de mim?chamar ela,fingir um ataque epilético!
Carlos não aguentou o último comentário de Caio "ataque epilético",e os dois caíram na risada.
-Só você mesmo cara,fingir um ataque epilético...!!!
-Agora falando sério! - Caio queria saber - E a Marcinha?como fica nessa história?
-Tai cara,não sei!!!
-Se ela sobrar nessa,manda ela pra mim!
-Ah seu moleque...
Mais farra...os dois saíram correndo pelo quintal,Caio na frente,Carlos atrás,Sansão,é claro,também entrou no pega pega,e Dª Joana ria sozinha na sala,com a farra que se instalou no quintal de sua casa...