segunda-feira, 21 de maio de 2012

As faces do Destino ( Parte 16)

O dia passa tranquilo,tanto para Carlos,quanto para Adriana,ela almoça em seu apartamento,sozinha,ele,em sua casa,na companhia de sua mãe,e seu irmão.
Logo depois do almoço,o táxi chega,o porteiro anuncia a Adriana a chagada do táxi,ela pese que o taxista suba para ajuda-la com as malas.
Ele faz o que o porteiro disse,sobe,os descem com as malas,ela se despede do porteiro,este deseja a ela uma boa viagem,ela agradece o gesto,e parte rumo a flet,que fica próximo ao aeroporto.
Carlos depois do almoço,saiu,ele quase não sai aos domingos,mas hoje resolveu sair.
Se despediu de sua mãe,e saiu,Caio ainda estava dormindo.
Pegou sua moto e saiu sem rumo,não sabia onde chegar,onde o destino poderia leva-lo?
Andando com sua moto,sem rumo,ele se vê próximo ao barzinho que pertence a Helena,amiga de Marcinha,ele resolveu estacionar,e entrar.
Helena o avista,e abre um simpático sorriso:
-Olá mocinho,tudo bem?está sozinho hoje?
-Sim.
-E que bons ventos o trazem por aqui?
-Estava dando uma volta de moto,aí vi que estava aberto,resolvi parar!
-Que bom,venha!não ficamos aberto até tarde aos domingos,só até umas 13:00hs,mesmo,sabe com é né,algumas pessoas resolvem almoçar tarde no domingo,ou nem almoçar,então vêem para cá,batem um papo,beliscam alguma coisa,e depois vão embora.
-Legal!
-Mas o que me conta de novo?
-Nada demais,tudo na mesma,e você?
-Também,gerenciar um estabelecimento como esse,é estressante,mas tem suas partes boas.
-Como a conta bancária no final do mês.
Os dois caem na risada com a observação de Carlos.
-Não posso reclamar não,é verdade,mas tem outras coisas além disso.
E os dois batem um bom papo durante a tarde...
No flet,Adriana pensa em tudo o que está acontecendo em sua vida ultimamente,uma verdadeira avalanche de acontecimentos para ninguém botar defeito.
Ela suspira fundo,pensa em tudo isso,Carlos,Marcinha,seu ex noivo,que mesmo tendo outra,não a deixava em paz.
Mas pensar em tudo isso agora,só iria piorar a situação,resolve então ligar para o seu pai,para deixar tudo encaminhado.
Carlos se despede de Helena...
-Tchau,foi um bom papo,mas tá na hora de você descansar.
-Descansar? - Helena sorri - ainda tenho muita coisa pra fazer aqui antes de ir,e depois,coisas a fazer em casa também.
-Bom,então,bom descanso quando você resolver parar.
-Obrigada!
Mais risos...
Adriana descansa um pouco,vê um pouco de TV,mexe no notebook para verificar seus e-mails,e pensa,por mais que tudo tenha que esperar um momento,ela não para de pensar.
Pensa tanto,que acaba por desligar o notebook,se deita um pouco,tentando dormir e esquecer,olha para o celular,pensa em ligar para Carlos,mas desiste,acha melhor não.
Carlos continua seu passeio sem rumo,e depois de um tempo rodando,resolve retornar para casa.
Ao chegar,como sempre sansão o recepciona,ele faz um afago no seu "melhor amigo",cumprimenta sua mãe,e vai para o quarto,a essa altura,já são seis horas da tarde,ele resolve tomar um banho,em sua mente,Adriana,os olhos,os cabelos,o contorno do seu rosto,seu sorriso,viajou neste pensamento,quando eram crianças,adolescentes,até chegar os dias de hoje,os pensamentos não param,e em meio a essa torrente  
de pensamentos,enquanto tomava seu banho,e agora sentando em sua cama,vem as lembranças,e com elas vem o sono,e também um sonho,mas não tão bom assim...
"Ele chega a uma festa,em uma casa chique,onde pe recebido pelo sorriso largo,e lindo de Helena,ao se aproximar,ela faz as honras...
-Seja bem vindo querido,ela o aguarda!
Sem entender muito bem o que acontece,ele olha por um segundo para dentro da casa,para tentar entender o que Helena está falando,ao se virar novamente na direção de Helene,ela já não está mais ali.
Ele estranha,e sem saber o que se passa,meio atônito,se vira,e entra na festa.
De cara,encontra Marcinha conversando com duas pessoas,para ele desconhecidas,ela se vira,o vê,e vira novamente o rosto para outra direção,como se não o conhecesse.
Ele sorri perante a atitude de Marcinha,e pensa consigo mesmo
"-Marcinha,Marcinha,as vezes você se comporta como um acriança..."
Ele resolve não aceitar a provocação,e se vira e começa a caminhar pela festa,mas para de repente diante de uma visão,perturbadora,Adriana,abraçada a um rapaz,sorrindo muito,seus olhares se cruzam,e ela tem a mesma reação de Marcinha,desvia o olhar,como se não o conhecesse.
Isso intriga muito Carlos,de uma maneira desconfortante,olhando ao redor,ele não reconhece nenhum rosto naquela multidão,e os únicos rostos conhecidos,faziam de conta que não o conheciam,ou não o conheciam mesmo?mas como assim?
Foi andar pela festa,avistou novamente Marcinha,e resolveu acabar com aquilo de uma vez.
Ela estava junto a mais três pessoas,ele chega para falar com ela.
-Com licença por favor!deixa eu roubar essa mocinha um minutinho.
Ele pega Marcinha pelo braço,e um dos rapazes que estava compondo o círculo de amigos,não gosta do que vê...
-Ei!quem é esse cara?
-Calma aí - Carlos se explica - ela é minha amiga,só quero perguntar uma coisa pra ela.
-Como assim sua amiga? - Marcinha pergunta - como sua amiga?não te conheço,quem é você?
Carlos fica extremamente perturbado.
-Como assim Marcinha!quem sou eu?fomos colegas de escola,de faculdade,fomos... - Carlos para quando iria dizer,"fomos namorados!",pois no semblante de Marcinha,ele via que ela estava perplexa.
-Nossa - Carlos continua - acho que cometi um erro tremendo,erro não,desculpe,um engano.
-Mas como sabe o meu nome?
Marcinha queria saber...
-Acho que tem outra Marcinha muito parecida com você por aí viu!,a semelhança é incrível...
Todos acabam rindo do comentário de Carlos,mas o sujeito que perguntou quem ele era,avisa...
-Cuidado ao sair por aí pegando a namorada dos outros pelo braço cara,você pode se dar mal.
Eles riem diante do jeito de Carlos,totalmente sem jeito,e agora entendendo porque o cara ficou tão bravo quando ele pegou Marcinha pelo braço.
Ele sai meio que flutuando,sem entender bem o que está acontecendo,e quando se da conta,já não está mais  dentro da casa,está na rua,na calçada,em frente aquela casa enorme,com um imenso jardim.
De longe ele avista Adriana,ele a chama!
-Adriana!
Ela olha pra trás,faz um expressão estranha de surpresa,que diz mais ou menos,(caramba,quem é esse chato?),e sai andando apressada.
Ela está sozinha na rua,começa a chuviscar,Carlos vai atrás dela,ela se vira novamente,e lá está aquele estranho seguindo ela,Carlos grita o seu nome...
-Adriana!
Ela continua a andar sem se importar,e ele insiste...
-Adriana!espere por favor...
Ela para próximo a uma árvore de copa grande,ele não consegue vê-la direito,está de costas pra ele,quando ele chega,toca em seu ombro e diz:
-Puxa Adriana,o que está acontecendo?Ele para diante da visão a sua frente,leva um susto quando ele se vira,não é mais Adriana,não era ela...
-Quem é você? - ela pergunta
E ele responde:
-Alguém que está redondamente enganado.
Ele percebe em seu olhar um traço de pânico,e resolve desconversar para não apavora-la ainda mais.
-Me desculpe por isso - diz Carlos.
-Nossa moço,não faz mais isso não,você pode matar alguém do coração - diz a moça "estranha" que até poucos segundos,para ele,era Adriana.
Carlos balança a cabeça afirmativamente,com a cabeça baixa,sem olhar para ela,ela percebe a tristeza em sua palavras.
-Desculpe moça,pode voltar para a festa.
-Que festa?
Ele olha pra trás,e já não vê a casa onde estava ocorrendo a festa,em vez disso,vê o prédio,"Solar das Flores!,e não consegue esconder o olhar pasmo ao se voltar novamente para a moça,ela vê em seus olhos que ele está muito confuso.
-Moço!o que foi?o que você tem?
Carlos não responde,ele não consegue entender o que a de errado,e ouve neste momento,uma voz familiar lhe chamando,aos poucos vai ficando evidente pra ele,que a voz é de,sua mãe...Dª Joana,ela surge de dentro do prédio "Solar das Flores",ela vem sorrindo,o abraça,e diz:
-Carlos,meu filho querido,que saudades de você.
-Mãe - Carlos sente as lágrimas rolarem em seu rosto ao abraçar sua mãe,e a ouve falar com Adriana,sim,agora é Adriana de novo em sua frente,a moça é novamente Adriana.
-Olá Adriana,tudo bem?
E ele se surpreende ao ouvir a resposta de Adriana.
-Olá Dª Joana,com vai a senhora,quanto tempo?
E Carlos não acredita,ela conhece sua mãe,mas não o conhece,o que está havendo?ele olha para sua mãe,ela olha para o filho e diz:
-Calma meu filho,tem coisas que a gente jamais conseguirá entender.
Neste momento ele olha pra trás,e já não vê mais Adriana,e sua mãe também já se fora,ele olha ao redor e já não vê mais o prédio,e já está em outro lugar.
Ele caminha sem enxergar direito,está escuro,ele toca em algo,tateando,ele percebe que trata-se de uma cadeira,cansado,ele se senta,e chora,não sabe porque,mas a vontade de chorar,é muito grande,e ele não consegue se conter,e quando acorda,ainda está chorando...
Ele se senta na cama,acende a luz,ainda tem lágrimas no seu rosto,e uma pergunta martelando em sua cabeça:
"Mas que sonho foi esse?meu DEUS!
Carlos olha o relógio,são cinco da manhã,dormiu muito,só agora percebia,sabe que não vai conseguir mais dormir,então tem um impulso,pega o celular,e vai até o nome de Adriana,afinal de contas,ela vai viajar,já deve estar acordada,já deve estar no aeroporto,quase para embarcar,ele disca...

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