sexta-feira, 17 de agosto de 2012

As Faces do Destino(parte 21)

Carlos se levanta ainda sonhando(agora acordado),com a imagem da sua linda esposa Adriana,e seus dois filhos lindos,e claro,a imagem mais do que especial de sua linda mãe,sorrindo,e piscando para ele,mas porque ela piscou?!?!?!
Esse detalhe da um frio na espinha de Carlos,a lembrança linda do sonho da lugar a uma ruga de preocupação na resta.
Porque sua mãe tinha piscado ao olhar para ele?
Seria apenas um carinho entre os dois?um segredo que só eles sabiam?mas que neste momento ele não conseguia se lembrar?
Ou...oh DEUS,será que essa piscadinha significava que aquele sonho lindo,não passava apenas de um sonho?Carlos não queria mais pensar nisso agora,pegou a toalha e foi para o banho.
Em seu quarto,Dª Joana chora,e reza baixinho,seu filho iria pegar a estrada,e isso não lhe trazia boas recordações.
Ah alguns anos,seu Marcos,pai de Carlos e Caio,era vendedor de uma empresa de peças,por isso viajava muito por todo Brasil,em uma dessas viagens,viera a perder a direção do veículo que dirigia,vindo a colidir de frente com uma carreta que vinha no sentido contrário da pista.
Por isso,Dª Joana chorava baixinho,e rezava em seu quarto,pedindo que DEUS protegesse o seu filho.
Carlos tomou seu banho,e voltou para o quarto,separou uma roupa especial para a ocasião,era hora do encontro,embora a piscadinha de sua mãe,em seu sonho,saísse da sua cabeça,ele estava radiante,não queria mais pensar em coisas ruins,só em coisas boas.
Enquanto Carlos se preparava para sair,sairia daqui algumas horas,mas se prepara porque afinal,e o encontro mais esperado de sua vida,Dª Joana vai até o lavabo lavar o seu rosto,não quer que o filho a veja assim,ela se lava,já está mais calma,e preparar alguma coisa para comer.
-Qual o problema Dª Joana?
Ela se assusta,é Caio que acaba de chegar da rua.
-Nossa menino que susto! seu irmão tem razão,você deve ter virado ilusionista.
Eles riem da lembrança da mãe sobre o que Carlos disse.
-Na verdade,tirando eu,e o Sansão,o povo desta casa anda meio distraído ultimamente,e a sra.? qual é o problema.
-Mada não filho.
Caio sabia qual era o problema,embora não fosse um problema,tratava-se de uma preocupação,,Caio sempre soube que Carlos é o filho preferido de Dª Joana,mas não tinha nenhum ciúmes disse fato,porque Carlos é o irmão que ele sempre sonhou,e ele sabia que a preocupação que sua mãe tentava esconder,tinha haver com a viagem de Carlos,o encontro com Adriana,e tudo relacionado a isso,ele sabia também que Carlos preferia se abrir sobre seus assuntos com sua mãe,que era a sua melhor amiga,e isso também não o magoava,ele sabia que passava uma impressão de alienado,do cara que não estava nem aí pra nada,que só ficava esperando o final de semana chegar,mas não era bem assim,ele observa os segredos,as conversas,mas não se entrometia,achava melhor deixá-los a vontade,mas nada escapava aos seus olhos,ele sempre sabia o que se passava,como agora,estava estampado no rosto de sua mãe,a sua preocupação com Carlos.
-Não se preocupe mãe,o Carlos vai bem,e vai voltar melhor ainda.
-Tomara que sim filho,quer fazer um lanche antes de sair?
-Não obrigada,e também não vou sair hoje!
-Não?porque?
-Por nada,só não estou afim de sair hoje.
Ele da um beijo na testa de sua mãe e sai.
Dª Joana acha estranha a atitude de Caio,e se põe a pensar,embora nunca tenha demonstrado,na cabeça dela é claro,tinha uma preferência por conversar com Carlos,mais maduro,mais centrado,Caio sempre fora mais bagunceiro,para muito pouco em casa,mas agora ele olhando pra ela e percebendo sua preocupação,dava a ela a impressão,de que Caio,não era tão distante assim,sempre fora um moço responsável,isso sem dúvidas,mas distante,e parece que agora tudo mudara,e isso parecia bom,porque sentia em seu íntimo,que Carlos não ficaria por muito tempo em casa.
Carlos já havia se trocado,e aparecia na frente da mãe em traje todo social.
-UAU!traje de "gala" é?
-Acho que a ocasião pode né mãe!
-Ah com certeza,comeu alguma coisa?
-Sim fiz um lanche leve.
-Ótimo então.
Ela da a mesma piscadinha que dera em seu sonho,com o mesmo sorriso estampado no rosto,e ele a abraça forte,agora tendo a certeza de que tudo ficará bem.
Um longo abraço.
-Já vai filho?
-Já sim mãe!
Já tem lágrimas nos olhos de Dª Joana,nos de Carlos também,é estranho pra ela,ela sente que ele está partindo,não apenas indo ao encontro da mulher que ele ama,mas que está partindo,ela sabe que não acontecerá nada com seu filho na viagem,mas tem a certeza de que irá embora em breve de sua casa.
Ela se recusa a pensar nisso,afasta os pensamentos no mesmo momento em que sente um abraço envolvendo o abraço dela e de Carlos,é Caio,que chega para se despedir do irmão.
-Mas ta bonito o menino hem!já vai casar?
Eles riem,e Dª Joana sente uma outra presença junto deles,e sente uma paz absoluta invadir seu coração.
Carlos sai,se despede,de longe,do seu melhor amigo Sansão,fica longe para que ele não pule nele é claro,para não sujar a roupa,entra no carro,coloca sua pequena mala de roupas no banco traseiro,sua mãe abre o portão,e ele sai,da um tchauzinho para sua mãe,e Caio,que está segurando Sansão,para este não escapar,sua mãe fica vendo até que ele vire a esquina,a caminho de seu sonho.
"Vai com DEUS meu filho",Dª Joana tem coração apertado,mas está em paz...
A viagem correu tranquila,como havia combinado antes com Adriana,Carlos se hospeda em um flat,próximo ao aeroporto,o mesmo que ela ficou antes de viajar,ficar no aeroporto esperando,seria muito desconfortável,ainda mais de madrugada.
Entrou,olhou o quarto,bons aposentos,e esperou,seria quase que impossível dormir,a ansiedade era muita,Adriana disse que ligaria assim que chegasse,mas sabe que estaria lá,antes disso,conferiu o sinal do celular,perfeito,e  ligou a TV,para o tempo passar mais rápido,se é que dava...
E o tempo foi passando,e como Carlos já não aguentava mais,resolveu ir andando,desceu,deixou a chave na recepção,e partiu rumo ao aeroporto.
Chegou,estacionou,e esperou,e se viu mais ansioso do que nunca,suava frio,andava de um lado a outro,as vezes parecia que ia voar,as vezes parecia que ia desmaiar,mãos frias,boca seca,tremia,as emoções venham aos turbilhões,brotavam dos poros,uma verdadeira loucura,pessoas passavam por ele,mas ele não as via,só uma pessoa ficaria ao alcance de sua retina,neste momento,para ele,o resto do mundo não existia.
E assim ele esperou,as vezes parecia que estava ali uma eternidade,mas se precisasse esperar uma eternidade,esperaria,e mais de uma vez chegou a pensar:
-"Meu DEUS,ela não vem!"
Mais pessoas desembarcam,mais pessoas passando por ele,até que...
Oh céus,por um breve momento  vacilou,chegou seriamente que iria desmaiar de emoção,que era muita,e aquele sorriso,ph DEUS,que coisa mais linda ela é meu DEUS,meu PAI,era ela sim,que saudade daquele sorriso,linda,trazia sua bolsa no ombro direito,e uma maleta de roupas na mão esquerda,e esperava pela bagagem que viria pela esteira,e o olhava com tanta ternura,que ele achou que iria derreter,mais um pouco,e se desmancha ali mesmo.
Não dava mais pra esperar,andou em sua direção,a cada passo que ele dava,o sorriso dela se iluminava mais,e ela,não aguentando mais mais,largou a maleta,sua bolsa,e correu em direção a ele,lágrimas nos olhos,emoção a flor da pele,e ela pulou em seu colo,e o beijo mais doce,e mais esperado da vida de carlos,aconteceu naquele momento,e ele a rodopiou no ar,sorrindo,os dois sorrindo,felizes,e mais beijo,doce,quente,as lágrimas dela se misturando aquele beijo delicioso,a o amor,a leveza incomparável do amor,o gesto s perfeitos do amor,tudo o que Carlos sempre sonhou,Adriana em seus braços,entregue ao seu beijo,sua boca na dele,suas peles misturadas!
-Carlos - a voz dele sai embargada pelo choro.
-Oi meu amor.
-Que bom que você tá aqui.
-Que bom que você me deixou estar aqui meu amor.
-A partir de de agora,onde eu estiver,você também vai estar me amor.
Ouvir isso,foi como flutuar para Carlos,ele a coloca no chão,e fica abraçado a ela,e a beija novamente,o beijo,que nem ele,e nem ela,jamais tiveram,o beijo do amor verdadeiro,o beijo so amor definitivo,o beijo do amor infinito.
Abraçados,grudados um ao outro,eles caminharam até as coisas que Adriana tinha deixado no chão,as pegaram,pegaram também o restante da bagagem,que o funcionário do aeroporto já havia retirado da esteira,ela apresentou o ticket para ele,e retirou sua duas malas,e foram para o carro,depositaram as malas no porta-malas do carro,entraram,se beijaram com carinho,e rumaram rumo ao flet,rumo a primeira de muitas,e muitas,e muitas noites juntos.



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